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Saiba para onde vai o sangue doado depois da coleta | São Paulo

25/02/2018
in São Paulo

Uma doação de sangue é capaz de salvar até quatro vidas. A ação dura cerca de uma hora e os primeiros passos já são bastante conhecidos. O doador comparece a um posto de coleta com os documentos em mãos, preenche um cadastro e realiza alguns exames. Caso atenda aos requisitos, doa o equivalente a uma bolsa de 450mL. Mas, após esse procedimento, pouco se sabe quais são os caminhos que ela percorre até chegar a um paciente.

Assim que o sangue é coletado, passa por um processo de separação de hemocomponentes. Uma única bolsa se transforma em quatro: uma de hemácias, uma de plaquetas, uma de plasma e outra de crioprecipitado. Isso permite que mais de uma pessoa seja beneficiada com uma doação. Em seguida, elas são armazenadas e passam por testes sorológicos e imuno-hematológicos para garantir a sua eficácia até a transfusão. Ali são realizados os exames de tipagens e a verificação de possíveis doenças. Se os resultados indicarem a inexistência de qualquer irregularidade, o sangue está pronto para ser encaminhado às instituições de saúde.

Aqui no Estado de São Paulo a Fundação Pró-Sangue é o principal centro de referência em medicina transfusional. A instituição é ligada à Secretaria de Estado Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Mensalmente, são coletadas e processadas cerca de 12 mil bolsas de sangue para o abastecimento de, em média, 100 unidades da rede estadual de saúde. Isso equivale a 32% do sangue consumido em toda Região Metropolitana de São Paulo.

A Fundação tem o desafio diário de manter os estoques de sangue sempre estáveis e a qualidade do tratamento até chegar aos hospitais. “A atenção com a transfusão começa logo no início. Nós temos que oferecer um atendimento humanizado para não prejudicar os doadores e, sobretudo, os pacientes. Quando os voluntários vêm até o posto de coleta, garantimos o melhor acolhimento”, afirma Vilma Regina Daniel, enfermeira-chefe do posto de coleta da Pró-Sangue do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Marcello Augusto começou a doar sangue há 20 anos quando sua irmã foi diagnosticada com câncer e precisou de transfusão. Hoje, ele é presidente da ONG Domingo Solidário, que organiza grupos de voluntários para fazer a doação todo último domingo do mês. “Eu nunca mais parei. Já fiz mais de 50 doações. Eu acredito nesta causa e sempre que posso tento ajudar a repor os estoques”, comenta.

São pessoas como ele que recebem a gratidão da mãe de Sofia. Gabriela Oliveira perdeu a filha em agosto de 2013, após três anos de luta contra um tumor no rim. A menina, que tinha apenas três anos de idade quando descobriu a doença, precisou de mais de 150 bolsas de sangue durante todo o tratamento.

“Essas bolsas foram essenciais. A cada quimioterapia minha filha ficava muito fraca, muito debilitada. Quando ela fazia a transfusão, era nítido como a sua pele ficava mais rosada e como abria o seu apetite. Era mágico. Era um santo remédio. Por isso, eu agradecia muito pelas pessoas que tinham essa compaixão e iam doar”, lembrou a mãe.

Durante o tratamento, Gabriela e o marido criaram um projeto com o nome da filha chamado Sô-lidariedade. O intuito era conscientizar as pessoas para que elas procurassem um posto de coleta e pudessem salvar a vida de pacientes na mesma situação que a Sofia.

Infelizmente, o número de doadores em todo o país ainda é muito baixo. Para o médico hemoterapeuta da Fundação Pró-Sangue, André Albiero, “já que não temos como fabricar o sangue, é necessário conscientizar as pessoas sobre a importância da doação, pois o ato tem que ser voluntário e altruísta”.

Dessa forma, os caminhos percorridos pelo sangue ultrapassam a barreira da medicina e cada vez mais mostram que cada gota é capaz de transformar vidas. A doação é um ato simples, seguro e rápido. Com esse gesto, é possível fazer o bem como outros Marcellos e salvar a vida de muitas outras Sofias.

Para encontrar o posto de coleta mais próximo e saber quais são os requisitos para doar, clique aqui.

 

Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/saiba-para-onde-vai-o-sangue-doado-depois-da-coleta

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