Porto Velho, RO – Três mulheres foram presas tentando entrar na Casa de Detenção Dr. José Mário Alves da Silva, o Urso Branco, com maconha, na manhã deste sábado (21) em Porto Velho. Uma delas, que estava com a droga escondida na vagina, foi submetida a um raio-x, que revelou a presença dos entorpecentes.
Segundo a polícia, mais uma suspeita estava com drogas dentro da vagina e outra com porções de entorpecentes no sutiã e na axila. Os flagrantes aconteceram na fila de revista de praxe feita em dias de visita dentro da unidade.
A primeira a ser presa foi uma mulher de 23 anos que estava com maconha presa ao corpo. Ela passou pela revista e uma agente penitenciária descobriu o material. “Quando eu perguntei dela o que era, ela respondeu que eu não podia mais triscar nela. Após uma discussão, ela tirou a droga que estava debaixo da axila e do sutiã”, contou a agente que prefere não se identificar.
No segundo caso, a detida, de 46 anos, tentou jogar fora a droga de dentro do sutiã quando soube que as visitas eram revistadas. Uma agente viu quando a mulher jogou uma pequena porção de maconha no chão. “Ela não levaria apenas aquilo para um presídio. Fizemos o procedimento de praxe e ela tirou duas porções de dentro da vagina”, explicou a agente.
Já a terceira suspeita, de 27 anos, foi abordada quando o detector de metais apontou que ela estava com algo Ilícito. A mulher alegou que o equipamento teria sido acionando porque ela estava com dinheiro no bolso. Ao ser advertida pela agente, a suspeita se defendeu dizendo que poderia ser levada, inclusive, para revista médica. Ela foi encaminhada para a Policlínica Ana Adelaide, onde se submeteu a um raio-x. O exame revelou três trouxas de maconha na cavidade vaginal da mulher, que foi presa.
Equipamentos
Os três flagrantes de tentativa de tráfico no Urso Branco este sábado foram feitos em um intervalo de cerca de uma hora. Uma agente penitenciária disse que os crimes são comuns no local, mas que a falta de equipamentos dificulta o combate.
“Nós temos que atender a Lei da Revista Humanizada, mas o estado não nos dá material para trabalhar. Se tivéssemos pelo menos um scanner corporal, faríamos um trabalho mais eficiente. Isso é banal frente ao tanto de droga que entra no presídio”, reclamou.
A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) alegou que já comprou materiais de segurança para intensificar as revistas nos presídios de Rondônia. Dois equipamentos, um portal detector de metais e uma raquete detectora, já foram entregues em cada unidade do estado. O restante será repassado assim que forem concluídos os procedimentos administrativos relativos à entrega de materiais.
Fonte: G1