No cenário mundial, os jogadores brasileiros estão entre os mais desejados por diversos clubes de futebol. Há aqueles que se destacam antes de completarem a maioridade. Outros, logo que se tornam “adultos”, já começam a conquistar espaços nos times nacionais e dessa maneira despertam interesses internacionais. O status de cobiçado dado aos jogadores brasileiros parte de aspectos culturais presentes no país, porém essa fama deve ser trabalhada com os jovens talentos na base. É o que propõe o curso de Licença B oferecido pela CBF Academy, que teve 50 treinadores das categorias de base inscritos na edição realizada em Belo Horizonte, de 21 de fevereiro a 4 de março.
– É importante que todos os profissionais da base entendam o processo de formação dos jovens. Além do treinador ter que desenvolver os aspectos técnicos e táticos, ele deve dar apoio sobre questões sociais e comportamentais. Dessa maneira formamos grandes jogadores e cidadãos – afirmou Ricardo Resende, técnico do Cruzeiro Sub-20 e aluno da Licença B, realizada pela CBF Academy em Belo Horizonte.
Antes de aceitar a proposta da Raposa no início do ano, Ricardo estava no rival Atlético-MG desde 2007. No clube, passou por diversas categorias de base, somando títulos pelo sub-17 e sub-20 no Campeonato Mineiro (2016 e 2017) e na Copa do Brasil (2014 e 2017), além do tricampeonato no Torneio de Terborg, disputado na Holanda.
– A temporada de 2017 foi especial com a conquista de três títulos importantes, um internacional, o estadual e o inédito título da Copa do Brasil. Um dos fatores mais importantes para esse sucesso foi o comprometimento dos atletas e a mobilização da comissão técnica e do clube. O objetivo da base não são os títulos e sim a formação dos atletas para chegarem ao futebol profissional – relembrou.
Técnico do juvenil sub-16 do Flamengo, Ramon Lima foi buscar qualificação no curso voltado para treinadores da base e avaliou positivamente o ambiente do curso em Belo Horizonte. Também destacou o fato da troca de experiências e dos conteúdos variados abordados na Licença B.
– É uma oportunidade de crescimento e de contato com professores e profissionais do meio. Além de aprendermos diversos conteúdos, que não possuímos tanto conhecimento, como preparação física, preparação de goleiros, dentre outros importantes para o trabalho em tempo integral nos clubes. Espero conseguir alinhar a teoria com a prática e desenvolver um trabalho melhor. E também propagar o conhecimento, que é o mais importante para o futebol – disse.
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