Logo após o empate em 1 a 1 entre Volta Redonda e Botafogo, o comediante Hélio de la Peña, torcedor ilustre do Glorioso, foi ao Twitter lamentar o indigesto tropeço, porém ressaltar a “agressividade que dá um grande alento”. As palavras do ex-Casseta & Planeta não são piada. É por aí.
O primeiro tempo no Raulino de Oliveira pouco tem de modelo para inspirar a semana de Alberto Valentim, cheia e de muito trabalho visando o decisivo clássico contra o Vasco, domingo, pela última rodada da Taça Rio. Para avançar às semifinais do returno, o Alvinegro, hoje terceiro no Grupo C, precisa vencer e torcer para Fluminense (13 pontos) e Portuguesa (dez) tropeçarem. Se empatar, a calculadora ficará ainda mais em voga.
No mesmo time desde o início da Era Valentim, Pimpão, principalmente, pecou muito, e o conjunto esteve espaçado, sem agressividade – tanto na marcação quanto com a bola nos pés. Para a segunda etapa, aí sim, o treinador consertou a engrenagem e fez com que a equipe tivesse outra cara.
O bom Marcos Vinícius foi acionado no lugar de Pimpão. Com isso, Valencia passou a pender para o lado esquerdo, porém sempre balançando por dentro e auxiliando o meia ex-Cruzeiro. Assim, o lateral-esquerdo Moisés, novo xodó e aniversariante do dia (23 anos), teve um corredor inteiro para explorar. E se destacou, sendo o melhor da partida.
Às vésperas de comandar Rodrigo Aguirre, Valentim pôde perceber que a variação que promoveu na etapa final é promissora, ainda mais com meio-campistas que tratam bem a bola. No entanto, o lado direito ainda deve.
O garoto Ezequiel, dúvida antes da partida, teve mais uma atuação discreta, assim como o lateral Marcinho. Por ali é que Aguirre deve ser o dono do pedaço, pois assim se destacou no Nacional. Agora, para o torcedor, restaram a esperança e a ansiedade pela chegada do uruguaio. Só que é bom avançar na Taça Rio. Os corações de Hélio e de todos botafoguenses agradecem.
Fonte: Terra