O Botafogo resgatou seu espaço na elite do futebol brasileiro com uma campanha espetacular coroada na sexta-feira (20) com o título da Série B. A equipe, que iniciou o ano sob desconfiança dos torcedores, frustrados pelo rebaixamento de 2014, começou sua trajetória na competição de forma avassaladora, soube superar um momento de turbulência e manteve sua força no segundo turno. Em apenas oito rodadas o Alvinegro não esteve na liderança, o que comprova o equilíbrio da equipe que saiu da fila de títulos nacionais.
Se a base da equipe vice-campeã carioca já era apontada como uma das favoritas à conquista do título, a chegada do meia Daniel Carvalho só reforçou isso. Jefferson, na parte de trás, e Rodrigo Pimpão, na frente, estavam em grande fase e foram fundamentais para o time ganhar seis jogos e empatar dois nas primeiras oito rodadas. O Botafogo só perdeu a invencibilidade na nona rodada, quando perdeu por 4 a 2 para o Macaé, mas se recuperou logo em seguida ao atropelar o Sampaio Corrêa com uma goleada por 5 a 0. Um jogo que marcou a estreia do menino Luís Henrique, de apenas 17 anos, que fez dois gols na partida (foram quatro na Série B).
Na segunda metade do primeiro turno, o Botafogo caiu de produção diante de um pequeno desmanche do elenco. Saíram três titulares: Pimpão, então artilheiro da competição, Bill e Gilberto. O técnico René Simões foi demitido, e Ricardo Gomes foi contratado. A equipe perdeu a liderança, mas em nenhum momento deixou o G-4.
O clube foi ao mercado e reformulou o seu ataque trazendo Neílton e Navarro – juntos eles marcaram 15 gols –, destaques na recuperação na virada do turno. O Botafogo emendou quatro vitórias consecutivas, nove partidas sem perder e voltou a liderar com folga a competição. Depois do acesso conquistado com antecedência, o time queria a taça para reerguer o clube e encerrar o incômodo jejum de 20 anos sem títulos nacionais. Conseguiram com autoridade.
Fonte: ffer