O botafoguense recebeu nesta terça-feira uma inesperada e triste notícia, com a morte repentina de Bebeto de Freitas na Cidade do Galo, onde trabalhava como dirigente do Atlético-MG. Fora seus notáveis feitos no voleibol, reconhecidos mundialmente, Bebeto foi um dos responsáveis pelo Resgate da Dignidade do torcedor do Botafogo, e seu legado será lembrado para sempre por todos nós.
Resgate da Dignidade foi o nome do filme (veja abaixo) que contou a história da saga do Botafogo na Série B de 2003. Naquele ano, Bebeto assumiu a presidência do clube e pegou um cenário de terra arrasada. Não havia jogadores, água, bola para treinar, nada. Conseguiu convencer Levir Culpi a abraçar o projeto, revitalizou Caio Martins e conduziu o time de volta à Primeira Divisão.
Bebeto de Freitas deixa um legado gigante para o Botafogo (FOTO: Reprodução)
Não bastasse isso tudo, ele conseguiu revitalizar a sede de General Severiano e foi o grande responsável para que o Botafogo ficasse com o então Estádio João Havelange, o Engenhão. Foi Bebeto quem criou a Companhia Botafogo, com a qual o clube conseguiu participar da licitação, em 2007, com todos os meios legais, conseguindo o direito de administrar o hoje Estádio Nilton Santos por 20 anos, prorrogáveis por mais 20.
O que Bebeto de Freitas fez pelo Botafogo é algo grandioso. Dentro de campo, conseguiu construir times que ficaram na memória dos torcedores mais jovens, encerrando um longo jejum com o título carioca de 2006, num Maracanã com mais de 44 mil pessoas. Levou o Botafogo até onde pôde, inclusive conseguindo o apoio do poder público, em Brasília. Não mediu esforços para ver sua maior paixão renascer.
Sobrinho de João Saldanha e primo de Heleno de Freitas, Bebeto de Freitas foi sem dúvida um dos maiores alvinegros que já existiu. Muito obrigado por tudo, grande Bebeto! Descanse em paz!