Árbitro de vídeo deve ser implementado no Campeonato Brasileiro de 2018
Foto: Fernando Torres/CBF
A introdução dos video assistant referees (VARs) no Campeonato Brasileiro tem sido planejada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde o último ano. Em 2018, a inovação deve entrar de fez no futebol do país. É o que projetou o Coronel Marinho, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, que vê a utilização de árbitros de vídeo próxima de ser realizada desde a primeira rodada da competição.
Algumas das principais ligas do mundo, como a de Portugal, Alemanha e Itália, implementou a inovação já em 2017. Contudo, o árbitro de vídeo segue em fase experimental e tem sido alvo de polêmicas sobre sua utilização. Para Coronel Marinho, o VAR é importante, mas sua implementação é complicada. Os clubes ainda precisam aprovar seu uso para que a tecnologia tenha presença confirmada na primeira rodada do Brasileirão de 2018.
“Com relação ao árbitro de vídeo, não é um processo tão fácil de implementar. Nós começamos o projeto, estamos caminhando com ele, participando ativamente com experimentos, com os cursos de habilitação dos árbitros, temos em torno de 66 árbitros habilitados e mais seis internacionais, que participaram de diversos cursos da Fifa e da Conmebol“, disse o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem ao SporTV.
“Estamos aguardando o ano que vem, quando tem o conselho técnico, os clubes aprovarem o árbitro de vídeo na série A. Já existe hoje a concorrência privada da CBF, com relação as empresas, tem uma proposta comercial para colocar de forma efetiva essa ferramenta. Esse processo está em andamento, mas depende muito do que vai acontecer no conselho técnico em fevereiro. Aí, já teria a empresa que seria contratada para fazer alguns experimentos antes, mas já pretendemos na primeira rodada ter condição de fazer os dez jogos“, completou.
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Para adotar a inovação, a CBF realizou cursos com diferentes profissionais para uma preparação completa e detalhada de seu uso. O presidente da Comissão de Arbitragem que o recurso VAR foi bem recebido pelos árbitros durante os cursos de habilitação.
“No treinamento que fizemos com todos esses grupos, todos gostaram. Porque quando você começa a pegar o mecanismo da coisa, como que a coisa se desenvolve, não vai ser uma bengala. Há um respeito e há limites, isso está no manual, há limites para quando deve haver interferência do árbitro de vídeo. Então, com o treinamento, nós vimos que realmente é uma ferramenta importante, que vai decidir lances que passam despercebidos dentro do campo. Vai ajudar a legitimar o resultado de uma partida”, finalizou.
Vale destacar que, com forme avisando pela própria CBF, o “review” em lances duvidosos não poderá ser solicitado por jogadores e treinadores em disputas do Campeonato Brasileiro. O sistema será conduzido pelo juiz responsável por acompanhar da cabine a partida em questão. Somente ele terá a missão de interferir em – e corrigir – erros de arbitragem.
A CBF trabalha em conjunto com a TV Globo, detentora dos direitos de transmissão do Brasileirão, para colocar o VARs em prática. A vitória do Corinthians sobre o Vasco na Arena foi determinante para que a entidade apressasse a ideia de ter o árbitro de vídeo na competição. O gol marcado por Jô foi irregular – o jogador utilizou o braço para completar um cruzamento – motivando reclamações do presidente do clube de São Januário, Eurico Miranda.
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