Ronaldo atuou pelo Corinthians entre as temporadas de 2009 e 2011
Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Ronaldo Fenômeno é dono de uma grande passagem com a camisa do Corinthians. O camisa 9, aos 33 anos de idade na ocasião, foi decisivo em dois títulos alvinegros, com direito a gols antológicos. Contudo, sua chegada ao Timão foi regada a desconfianças sobre sua condição física, já que havia passado por diversas contusões ao longo de sua carreira. O preparador físico corinthiano Walmir Cruz relembrou a metodologia aplicada sobre o atleta para alcançar a fase vitoriosa, além de ressaltar a grandeza do ídolo nos bastidores do clube.
Em sua chegada ao Corinthians, em 2009, Ronaldo foi fundamental na conquista do Campeonato Paulista, com direito a gol antológico nas finais, e da Copa do Brasil, também com gol em uma das partidas decisivas da competição. No ano seguinte, os temidos problemas físicos começaram a aparecer e o camisa 9 passou a jogar cada vez menos. Sem sucesso na Libertadores, após uma eliminação na fase classificatória do torneio, o atacante anunciou sua aposentadoria em fevereiro de 2011.
“No final da carreira dele era um problema de sobrepeso. A gente sempre era contestado sobre como ele está, o que ele faz, e nós tínhamos que sempre ir orquestrando. Como profissional ele é fantástico. Tem algumas histórias de bastidores que as pessoas não conhecem, porque a gente chama de fenômeno dentro do campo e fora dele também. No Campeonato Paulista, em 2009, o prêmio todo- lógico que dinheiro para ele não tem problema nenhum -, ele dividiu entre todos os funcionários da lavanderia, do campo, o cara do estacionamento. Dividiu, colocou em um envelopinho e mandou entregar pessoalmente para cada um. São coisas que fazem que um cara que tem estrela, brilhe muito mais. É o caso do Ronaldo”, disse Walmir Cruz em participação do programa Bate Bola na Veia, da ESPN Brasil.
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“Ele teve muitas contusões, no mínimo nove contusões graves , cirurgias. Teve a questão da superação, ele é um cara competitivo. Ele ficava depois do treinamento brincando com os goleiros, treinando pênaltis, e dizia: ‘Se de cinco, vocês pegarem um, eu dou tanto’. Ficava sempre brincando. Perdia, chegava no vestiário e pagava o cara. Essas coisas fazem com que um cara que é ídolo mundial, volte e faça parte de um grupo onde todo mundo é igual. Brincar de dar peteleco na orelha. Era uma criança, estava em um ambiente que ele sempre gostou. Acho que esse é a diferença do fenômeno dentro e fora do campo”, completou.
Nos dois anos que esteve no Corinthians, o Fenômeno atuou 69 vezes, tendo marcado 35 gols. Para Walmir Cruz, o desempenho do ex-camisa 9 se assemelha a de outro artilheiro alvinegro: Jô. O centroavante, contratado como reforço do Timão para 2017 cercado por desconfianças, marcou 25 gols em 64 jogos na temporada.
“Trabalhei com bons nomes de atacantes, Evair, Viola, Valdir Bigode, Dodô e por último tivemos a presença do Jô neste ano. Acredito que quem mais se assemelhou com o Ronaldo, em força, foi o Jô. Pela campanha maravilhosa que ele teve, pelo ano estupendo agora em 2017. Ele conseguiu desenvolver essa força e a gente vê alguns gols parecidos, não tanto como o Ronaldo na arrancada contra o São Paulo, no Morumbi, que foi espetacular e ele chegou até 34 km/h. O Jô também teve alguns jogos, se eu não me engano contra o Vasco e contra o próprio São Paulo, que ele teve uma velocidade muito alta. Ele foi o que se assemelha mais”, disse o preparador.
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