O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa avaliou que um impeachment da presidente Dilma Rousseff pode ser um “abalo sísmico” para o sistema político.
“É uma bomba atômica, um abalo sísmico que pode implodir o sistema político de vez. Por isso, é preciso ter implicação direta forte de um presidente em fatos que legalmente justifiquem um afastamento”, declarou.
Em conversa com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, sobre as tentativas de impedimento em curso, Barbosa rejeitou a comparação entre ele e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator do caso das pedaladas fiscais do governo Dilma.
Na semana passada, em meio a rejeição das contas de 2014 da presidente, Nardes afirmou compreender a aposentadoria de Barbosa, presidente do STF à época do julgamento do mensalão, dando a entender que teria acontecido por pressão.
“Ele está enganado. Eu não saí por causa disso [pressão]. Claro que existe, por todos os lados, mas minha saída do STF foi planejada por mais de um ano. Eu nunca pensei em ficar lá o resto da minha vida. Eu já tinha feito muita coisa, já estava bom”, afirmou Joaquim Barbosa.
Do Diário do Poder