Mas a IstoÉ relata uma estratégia que parece em sintonia com o movimento da sigla em 2015. Nela, os peemedebistas tomam uma saudável distância do PT – rejeitado por 38% dos brasileiros – até as eleições do ano que vem. E, sim, com risco até mesmo de Michel Temer assumir a presidência numa queda de Dilma Rousseff. Tudo começaria a caminhar já no próximo 17 de novembro.
Nessa data, o partido faz seu congresso nacional e abrirá os microfones sem qualquer restrição de pauta. Disse à revista um integrante da cúpula peemedebista:“Apresentaremos um programa para disputarmos as eleições de 2016 e 2018. Mas também precisamos ter um programa para o caso de termos que assumir o poder”. O objetivo desse primeiro encontro é unificar o discurso, ainda atacado pelas vozes dissonantes do baixo clero. Em março, na convenção nacional, o desembarque seria concluído.
Não se trata de uma missão fácil. É muito tentador pertencer à base do governo em qualquer eleição. Porque, quase sempre, é o governo quem sai vencedor do pleito. Mas aguarda-se para depois do carnaval uma chuva de manchetes que enfraquecerão ainda mais o petismo: desde a perda de grau de investimento, a um novo estouro do dólar e a volta da discussão do impeachment de Dilma. A próxima temporada promete.
Fonte: Pensa Brasil