Cinco dos oito deputados federais da bancada rondoniense votaram à favor do projeto
Viver no Brasil está cada vez mais caro, já que empresas e governo não querem saber de arcar com prejuízos muitas vezes causados por eles próprios. A mais recente traquinagem da Câmara dos Deputados mostra bem isso. Na semana passada, eles aprovaram a Medida Provisória 688/2015 que transfere o risco hidrológico (falta de chuvas ou quaisquer outros fatores que afetem os reservatórios) na geração de energia aos consumidores. Foram 173 votos contrários e 257 favoráveis, e desses, cinco foram de deputados federais rondonienses.
Os nossos parlamentares que ajudaram a empurrar a conta para você foram Marinha Raupp (PMDB), Nilton Capixaba (PTB), Luiz Cláudio (PTN), Lúcio Mosquini (PMDB) eLindomar Garçon (PMDB). O deputado Marcos Rogério (PDT) não teve o voto revelado (ainda) pelo sistema. E apenas dois, Mariana Carvalho (PSDB) e Expedito Netto (SD) foram contra mais essa aberração criada no Congresso.
Para entender o reflexo disso, pense da seguinte forma, em Rondônia possuímos uma vasta rede elétrica formada por três hidrelétricas (Samuel, Jirau e Santo Antônio) além de dezenas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH). Se porventura ocorrer uma forte estiagem, os reservatórios secarem, o custo da energia, que já é altíssimo, ficará ainda mais caro. E isso foi aprovado pelo Congresso sem nenhum tipo de questionamento junto à população. Você acha justo pagar essa conta? Pois é.
Essa matéria foi apresentada pelo governo como atrativo para a captação de recursos. A União espera captar até R$ 17 bilhões com o pagamento de outorga pela concessão de usinas, dos quais R$ 11 bilhões seriam ainda este ano.
A matéria agora segue para o Senado.
Fonte: Painel Político