Ao menos 146 pessoas foram mortas neste domingo em uma série de ataques em áreas controladas pelo regime sírio. Ao sul da capital Damasco, três atentados deixaram ao menos 87 mortos e 180 feridos. Em Homs, o Estado Islâmico reivindicou um ataque duplo, que matou 59 pessoas e feriu cem.
O EI indicou que duplo ataque em Homs foi realizado por “dois carros-bomba que visaram locais com grande concentração de pessoas” no bairro de Al-Zahra, cuja população é predominantemente alauíta, comunidade à qual pertence o presidente sírio Bashar al-Assad. Foi o pior atentado na cidade desde outubro de 2014, quando 55 pessoas, incluindo 49 crianças, morreram em frente a uma escola.
Poucas horas depois, três atentados, um deles com carro-bomba, cometidos por suicidas, atingiram Sayeda Zeinab, um importante santuário xiita, ao sul de Damasco. “Os atentados coincidiram com a saída de uma escola, por isso morreram vários alunos”, informou a televisão estatal. No final de janeiro, ao menos 70 pessoas morreram em um triplo atentado perto do mesmo santuário, ataque que havia sido reivindicado pelo EI.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou ontem em Amã “um acordo provisório” com a Rússia sobre os termos de uma trégua que “poderia começar nos próximos dias”.
Kerry não quis dar detalhes sobre os temas ainda em discussão, mas repetiu que a posição dos Estados Unidos, de que Assad deve deixar o governo, se mantém. “Com Assad essa guerra não pode e não irá terminar”, afirmou.
O destino de Assad tem sido um dos principais pontos de diferença entre Washington e Moscou, que mantém ataques aéreos em apoio ao presidente da Síria.
Fonte: Metro