A bomba da possibilidade do acordo de delação premiada feito pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) explodiu no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (3) e obrigou a presidente Dilma Rousseff a realizar uma reunião de emergência para tratar sobre o tema. Entre os presentes estavam Ricardo Berzoini (Secretaria do Governo) e José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça.
As citações de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos relatórios de cerca de 400 páginas de acordo com a revista “Istoé”, tornaram o congressista “inimigo número 1” e a norma do Planalto é descredenciá-lo, afirma publicação do jornal Folha de São Paulo. A estratégia será repetir que ele havia faltado com a verdade em algumas ocasiões e enfraquecer sua figura como fonte de informações.
Mesmo assim, nos bastidores do poder o clima é de tensão. A governante pediu que seus assessores mais próximos fossem ao seu gabinete logo após a “cerimônia relâmpago” que deu posse aos novos ministros do Ministério da Justiça, Advocacia-Geral da União (AGU) e Controladoria-Geral da União (CGU).
Como já havia sido avisada sobre “detonação” antes do evento, minimizar o impacto da explosão foi a primeira atitude de Dilma. Com isso, a cerimônia chegou a ser atrasada em vinte minutos para o início, porém, vinte minutos depois já era dada como encerrada.