A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu com os governadores para tratar da renegociação das dívidas dos estados e do avanço das doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti.
Antes da reunião geral no Palácio do Planalto, ocorreu um encontro envolvendo 15 governadores para discutir estratégias de barrar o processo de impeachment. Participaram: Rui Costa (PT-BA), Renan Filho (PMDB-AL), Paulo Câmara (PSB-PE), Flávio Dino (PC do B-MA), Camilo Santana (PT-CE), Ricardo Coutinho (PSB-PB), Robinson Faria (PSD-RN), Jackson Barreto (PMDB-SE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Suely Campos (PP-RR), Waldez Góes (PDT-AP),Raimundo Colombo (PSD-SC) e as governadoras em exercício Nazareth Araújo (PT-AC) e Margarete Coelho (PP-PI).
O jornalista Josias de Souza, do UOL, nos informa que durante a reunião com todos os governadores na Sala de Reunião Suprema, do Palácio do Planalto, a presidente Dilma, ao defender Lula, se disse “indignada” com o tratamento “desrespeitoso” que o juiz Sergio Moro supostamente teria imposto ao ex-presidente.
O procurador do MPF e atual governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), impôs uma saia justa à presidente Dilma Rousseff na frente de todos os governadores ao rebatê-la e defender o juiz Sergio Moro. O presidenciável de oposição (risos) Geraldo Alckmin (PSDB) não se manifestou.
Confira, grifos nossos:
“Dilma Rousseff foi submetida a uma saia justa ao dizer, num encontro com governadores, que ficara “indignada” com o tratamento “desrespeitoso” dispensado a Lula por Sérgio Moro, juiz da Lava Jato. Um dos visitantes, Pedro Taques, governador de Mato Grosso, retrucou a anfitriã: “Entendo que não houve desrespeito, presidente. Ninguém está acima da lei.” (…)
Dilma enxergou na coerção ordenada por Moro um “abuso de autoridade”, pois “bastava convidar” Lula, que “não se negaria a prestar os esclarecimentos”. Ao contraditá-la, Taques chamou Dilma de “presidente”, não de presidenta, como ela prefere. Brindou-a, de resto, com um cerimonioso “vossa excelência”. Ex-procurador da República, ele sapecou:
“Eu não sairia desta sala com a consciência tranquila e não respeitaria o bom povo de Mato Grosso, que me mandou aqui, se não expressasse minha opinião. Entendo que não houve abuso ou perseguição. Ninguém está acima da lei. Todos, inclusive eu, podemos ser investigados. A lei não pode servir para beneficiar amigos nem para prejudicar inimigos.”“
A república do conchavo, da falsa cordialidade e da apatia com o povo que representa deve ter tomado um susto. O governador não representou somente o seu estado, mas todos os cidadãos honestos do Brasil.