A Operação Lava Jato chegou pela primeira vez ao estrangeiro e logo a Portugal: a PJ deteve um sócio de um dos detidos que vivia fechado num apartamento desde dezembro do ano passado
Vivia com a mulher e os filhos num apartamento do centro de Lisboa e se não fosse o pequeno detalhe de não trabalhar e de quase não sair de casa, nada o distinguia dos executivos brasileiros que escolhem Portugal para viver. Mas Raul Schmidt Fellipe Junior não é um imigrante comum: era procurado desde julho do ano passado quando o agora célebre juiz Sérgio Moro decretou a sua prisão preventiva por suspeita de pagamento de subornos a três ex-diretores da Petrobras, a petrolífera do Estado brasileiro.
Raul Schmidt vivia então em Londres, onde tinha uma galeria de arte e era membro da elite cultural local. Em dezembro ficou a saber que era procurado e fugiu para Portugal, onde se escondeu num apartamento em Lisboa avaliado em três milhões de euros (Aproximadamente R$ 12 milhões). Como tem nacionalidade luso-brasileira, pode opor-se à extradição e ser julgado em Portugal. Terá de ser o Tribunal da Relação de Lisboa a decidir se o extradita ou não. Se não o extraditar, Portugal terá de o julgar pelos crimes alegadamente cometidos no âmbito da Operação Lava Jato. Com informações de Expresso.pt