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Magia na admiração – Por Gabriel Bocorny Guidotti

25/04/2016
em Artigos
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O mágico pavoneia grande habilidade. Muitos anos de estrada. A cada truque, olhares inquietos prospectam-se na sala de espetáculos. Ali, ele era o rei e todos obedeceriam ao torvelinho de ilusão. O show, entretanto, se encaminhava ao gran finale. De dentro da cartola negra, que parecia vazia até então, brota um enorme coelho branco, puxado pelas peludas orelhas. Um desfecho digno, dignitário de um grande artista.
Imagine o coelho como o universo. Ele é a soma de todos os astros, corpos celestes, criaturas, religiões. Na base dos pelos, como um grão de areia na imensidão, mas no epicentro da criação, a humanidade. Para tentar explicar a existência do coelho, a ciência. Para tentar explicar a criação do coelho, a filosofia, também conhecida como a capacidade de se admirar com as coisas.
O texto começou com um mágico, mas no gênese tudo frutifica por meio de uma criança. Vamos supor que uma família esteja reunida para um jantar. Pai, mãe e filho. De repetente, o pai começa a flutuar pela cozinha. A criança, de imediato, aponta com alegria: “papai tá voando”. A mãe, de costas para a cena, vira-se e solta um berro. Seu costume à gravidade fê-la perder a capacidade de se surpreender. Diga-se de passagem, um filósofo é uma pessoa que permanece a vida inteira com a mente aberta, exatamente como a de uma criança.
Voltemos ao coelho. No topo dos pelos, filósofos e crianças voam, praticando seus sonhos. De fora, observando displicentemente, os apáticos e indiferentes. Indolentes, não aceitam largar sua realidade. O cotidiano os consumiu de forma irreversível. Perderam a capacidade de se admirar. Enquanto isso, o mundo revela-se heterodoxo. A vida não é nascer, crescer e morrer, somente. É também perguntar.
Buscar respostas insufla o espírito e nos concede cada vez mais motivos para viver. Quando a rotina nos transforma em máquinas, aniquilamos nossa vontade de perguntar. Assim sendo, a capacidade de se admirar está morrendo no fundamento mercantilista. Precisamos enfrentar essa tendência. Pense, confronte ideias, respire a brisa da manhã. Imagine o segredo que reserva a cartola do mágico, conjecture sobre as origens do universo. Explore o grande coelho branco. A jornada será magistral.
Por Gabriel Bocorny Guidotti

Jornalista e escritor
Porto Alegre – RS (Brasil)
Tags: ArtigoGabriel Bocorny Guidotti

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