A Polícia Federal, em força-tarefa conjunta com a Assessoria de Pesquisa Estratégica da Previdência, deflagrou hoje (06/10) a operação IMPERADOR, com o objetivo de desarticular organização criminosa que estaria atuando em fraudes contra o INSS em todo território nacional.
Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo 22 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, um de prisão temporária, dois de condução coercitiva e oito de busca e apreensão nos estados de Goiás e Piauí, além do Distrito Federal. As medidas estão sendo acompanhadas por seis servidores da Previdência Social.
A investigação, que teve início há cerca de três anos, identificou um enorme esquema de recebimento irregular de benefícios assistenciais – LOAS e previdenciários – em diferentes estados, a partir de documentação falsa originária dos Estados do Piauí e Maranhão.
Os integrantes da organização criminosa utilizavam registros de nascimentos e identidades falsas com dados inexistentes. Esses documentos serviam para instruir os processos de concessão de benefícios assistenciais e previdenciários que eram aprovados em agências do INSS no estado de Goiás e no Distrito Federal.
A PF também identificou que os investigados estariam atuando em fraudes para obtenção de seguro desemprego, a partir da inserção de vínculos laborais fictícios.
Tais práticas delituosas resultaram no prejuízo atual para os cofres da Previdência Social de aproximadamente R$2.300.000,00 (considerando 62 benefícios analisados), e no prejuízo evitado de aproximadamente R$ 9.300.00,00 (considerando a expectativa de vida das pessoas, de acordo com o índice do IBGE).
O nome da operação faz alusão ao município de Pedro II, no Estado do Piauí, onde foi apresentado um grande número de certidões de nascimento falsas nos requerimentos junto à Previdência Social.
Será concedida entrevista coletiva, às 10h30, no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, localizada na Av. Edmundo Pinheiro de Abreu, 826, Setor Pedro Ludovico, Goiânia – Goiás.
Fonte:DPF