(ANSA) – Na madrugada de 4 de novembro de 1966, após uma onda de mau tempo, o nível da água do rio Arno, em Florença, na Itália, subiu perigosamente e transbordou. Em poucas horas, uma maré de lama e detritos oprimiu as casas e monumentos da cidade.
As ruas de Florença foram tomadas pela água e a fúria do rio devastou a cidade danificando obras de arte e o patrimônio de bibliotecas históricas, incluindo manuscritos preciosos.
Residências do centro histórico, o Battistero, o Palazzo Vecchio e o Duomo de Florença foram inundados com uma maré de quase cinco metros de altura. Somente dois dias depois, a água do Arno baixou e deixou a cidade sob um mar de lama.
Mais de 50 mil famílias ficaram desabrigadas, lojas e estabelecimentos devastados, centenas de carros destruídos e 34 pessoas perderam a vida.
A face do desastre mobilizou toda a Itália e os “anjos da lama”, um exército formado por jovens e adultos do mundo inteiro, chegaram à cidade para em um gesto de solidariedade arrancar a lama das heranças de séculos de arte e história. (ANSA)