Incrustada na área rural no município de São Miguel do Guaporé, às margens da BR-429, com uma área construída de 1,5 mil metros quadrados com investimentos de R$ 800 mil, sendo R$ 600 mil recursos próprios e R$ 200 mil financiados pelo Banco do Brasil, a Granja Adelina, será a primeira no Estado com tecnologia de ponta, 100% climatizada e automatizada, com capacidade para 200 matrizes produzir uma média de 10 a 13 leitões, terminados entre 100 e 150 dias totalizando 6 mil animais/ano.
No ambiente de gestação e maternidade, totalmente climatizado, as matrizes da raça Duroc e Landrace, antes e depois do nascimento dos leitõezinhos, durante 24 dias até o desmame, os animais só podem receber a visita diária do tratador e veterinário. Cada fêmea pode ser inseminada novamente entre 5 e 7 dias após o desmame, projetando uma média de quatro partos ao ano.
Potentes exaustores renovam o ar nas alas da maternidade e gestação, garantindo bem-estar permanente aos animais. Os dejetos em calhas subterrâneas são carreados para tratamento em dois tanques revestidos de geomembrana para evitar possíveis acidentes onde são transformados em fertilizantes natural para as lavouras de milho, arroz e sorgo, sem afetar o meio ambiente.
Empreendimentos com este porte de modernidade e capricho em termos de suinocultura, são conhecidos somente no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Ali, os trabalhos são coordenados pelo proprietário da Granja, Rudi de Ros, que também coloca a mão na massa tocando as obras a todo o vapor, juntamente com 18 operários para que tudo esteja como manda o figurino no próximo final de semana. É o “olho do dono que engorda o porco”.
Distante da capital Porto Velho, 490 quilômetros, o empreendimento será inaugurado no próximo dia 18 às 7h30 pelo governador Confúcio Moura, o vice-governador Daniel Pereira, o secretário de Agricultura Evandro Padovani e outras autoridades, com capacidade para produzir 360 toneladas de carne de suíno/ano para atender o mercado interno, cumprindo todos os requisitos técnicos e ambientais, conforme salienta Rudi de Ros.
Pelos cálculos de Rudi de Ros, que também produz soja, milho, arroz, sorgo e gado de corte, numa área de 2,5 mil hectares de lavoura no município de São Miguel do Guaporé em sociedade com Marcelo Lucas da Silva, diretor da Central Agrícola de Vilhena, cada suíno em fase terminal deve pesar vivo entre 90 e 100 quilos. Junto com a Granja, será inaugurado um armazém graneleiro com capacidade de secagem de 140 toneladas de grãos/hora.
Empreendimento familiar
Depois de concluído o empreendimento e funcionando, o negócio da suinocultura vai gerar seis empregos diretos. A parte administrativa e financeira é de responsabilidade de Dona Viviane Domenico de Ros, esposa de Rudi de Ros e o filho Guilherme. Tudo foi projetado para funcionar juntando o útil ao progresso, com predominância na região do gado e lavouras de grãos em torno da granja gerando alimentos mais baratos aos suínos, em benefício do consumidor.
A família de Ros mantêm em São Miguel do Guaporé, o Frigorífico (Frigo Vale) que continuará funcionando no abate e beneficiamento da carne dos suínos produzidos na Granja. Na atualidade, são abatidos 50 animais por mês, de um plantel de 600. O Frigo Vale possui o Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Rudi de Ros está pleiteando junto à secretaria de Agricultura e Agência Idaron o certificado do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) para comercializar carne, embutidos, salame, linguiça e produtos para feijoadas em todos os municípios do Estado.
Fonte:Diário da Amazônia