A inscrição do nome do maestro Antônio Carlos Gomes no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi sancionada (Lei 13.579/2017) pelo presidente da República, Michel Temer, na quarta-feira (27). O maestro é autor da ópera O Guarani, baseada no romance de José de Alencar, e que compõe a abertura do programa Voz do Brasil.
O projeto que deu origem a lei (PLC 57/2016), do deputado Paulo Freire (PR-SP), homenageia Carlos Gomes por toda sua obra artística de enaltecimento da identidade cultural brasileira. Nascido em Campinas (SP), em 1836, o maestro teve o mérito de projetar o Brasil no cenário musical internacional, destacando-se em um dos mais importantes teatros de ópera do mundo, o Teatro Scala de Milão, na Itália. Carlos Gomes é o primeiro musicista a integrar a lista de heróis nacionais.
O primeiro nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é o de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Também já foram homenageados Zumbi dos Palmares, Dom Pedro I, Santos Dumont e Villa-Lobos.
Com páginas de aço, o livro fica guardado no Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes em Brasília. Para que um novo nome seja incluído, o Senado e a Câmara dos Deputados precisam aprovar uma lei.
Dom Helder Câmara
O presidente também sancionou a Lei 13.581/2017, que confere ao bispo católico Dom Helder Câmara o título de Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos. Um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Helder Câmara foi um dos grandes defensores dos Direitos Humanos durante a ditadura militar. O bispo é o brasileiro mais vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, com quatro indicações.
A nova lei tem origem no PLC 132/2015, do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que tem a intenção de homenagear Helder Câmara não só pelo papel religioso, mas também pela luta em busca da paz e da justiça social.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)