O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) recebeu nesta sexta-feira (04.05) representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). O encontro é um desdobramento da primeira Reunião do Bloco II, realizado no mês de abril, em Manaus (AM), e teve como objetivo alinhar as ações para a retirada da vacinação contra febre aftosa.
Mato Grosso pertence ao Bloco V, que tem a última vacinação prevista para maio de 2021, porém faz divisa com estados que pertencem ao Bloco II (Amazonas, Amapá, Pará e Roraima) sendo imprescindível a sua participação nas discussões com os referidos estados. O Bloco II deve realizar a última vacinação em maio de 2020.
Durante a reunião, as duas instituições apresentaram dados importantes, como: os limites geográficos e estudo de trânsito de animais entre Mato Grosso e o Pará. Só do lado mato-grossense, são cerca de 10 municípios, alguns com barreiras naturais que impedem o trânsito de animais, porém, a maioria com barreira seca e permeabilidade de trânsito.
Entre os meses de agosto e setembro, equipes do Indea e da Adepará devem realizar um cadastramento das propriedades na região de divisa. Esse levantamento será fundamental para o planejamento da retirada da vacinação, com o objetivo de não inviabilizar o desenvolvimento econômico nessas regiões. Assim que o Bloco II deixar de vacinar o seu rebanho, em 2020, não poderão receber animais suscetíveis vacinados de Mato Grosso e seus produtos in natura.
Para a presidente do Indea, Daniella Bueno, a interação dos serviços é fundamental. “Vamos avançar juntos nesse trabalho para a retirada da vacinação. A interação entre os serviços oficiais é fundamental, os dois lados crescem com essa interação”.
Para o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, Jefferson Oliveira, a vinda a Mato Grosso foi importante para conhecerem melhor o trabalho do Indea. “Pudemos ampliar o debate e conhecemos o sistema de vigilância usado pelo Indea, vamos ver a possibilidade de implantar o mesmo no nosso serviço”.
Blocos
Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) prevê a retirada total da vacinação no país até 2023. Os estados foram divididos em cinco blocos pecuários para que seja feita a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem vacinação. Integram o Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas, Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.