Em fevereiro de 2018, o volume de serviços no Brasil assinalou variação positiva de 0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, em relação a fevereiro de 2017, o volume de serviços caiu (-2,2%). Com isso, o volume de serviços acumulou queda de 1,8% no ano. O acumulado nos últimos doze meses também ficou negativo (-2,4%) em fevereiro de 2018.
Período
Variação (%)
Volume
Receita Nominal
Fevereiro/Janeiro*
0,1
-0,2
Fevereiro 18/Fevereiro 17
-2,2
0,3
Acumulado no Ano
-1,8
0,6
Acumulado nos Últimos 12 Meses
-2,4
2,4
Entre as atividades, em relação a janeiro (série com ajuste sazonal) houve alta somente em serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). As quatro outras atividades mostraram recuo: serviços prestados às famílias (-0,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%). Já em relação a fevereiro de 2017, foram duas variações positivas: outros serviços (1,7%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%). As três quedas foram em serviços prestados às famílias (-5,2%), serviços de informação e comunicação (-4,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,6%).
O índice de atividades turísticas recuou em ambas as comparações: -3,4% em relação a janeiro e -5,2% na comparação com fevereiro de 2017. O material de apoio da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) está à direita desta página.
Pesquisa Mensal de Serviços – Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividadesFevereiro 2018 – Variação (%)
Atividades de Divulgação
Mês/Mês anterior (1)
Mensal (2)
Acumulado no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
DEZ
JAN
FEV
DEZ
JAN
FEV
JAN-DEZ
JAN-JAN
JAN-FEV
Até DEZ
Até JAN
Até FEV
Volume de Serviços – Brasil
1,1
-1,9
0,1
0,6
-1,5
-2,2
-2,8
-1,5
-1,8
-2,8
-2,7
-2,4
1. Serviços prestados às famílias
-2,9
-0,2
-0,8
-3,5
-3,0
-5,2
-1,1
-3,0
-4,0
-1,1
-1,0
-0,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação
-3,8
-0,1
-0,7
-2,4
-2,4
-4,8
-0,3
-2,4
-3,5
-0,3
0,0
0,0
1.2 Outros serviços prestados às famílias
-1,3
-0,4
-1,5
-9,5
-5,9
-7,6
-5,5
-5,9
-6,7
-5,5
-6,3
-5,5
2. Serviços de informação e comunicação
-0,1
-1,0
-0,6
2,3
-5,0
-4,9
-2,0
-5,0
-4,9
-2,0
-2,4
-2,8
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)
-0,1
-0,8
-0,6
2,6
-4,8
-5,3
-0,8
-4,8
-5,1
-0,8
-1,3
-1,9
2.1.1 Telecomunicações
2,1
-1,4
-1,2
0,4
-6,7
-6,8
-2,8
-6,7
-6,7
-2,8
-3,3
-3,9
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação
-2,5
1,7
-0,8
0,7
0,0
-1,7
2,0
0,0
-0,8
2,0
1,7
1,0
2.2 Serviços audiovisuais
1,7
-2,0
-0,6
1,5
-6,2
-2,1
-7,6
-6,2
-4,3
-7,6
-7,6
-7,5
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares
1,1
-2,3
1,7
-3,5
-3,5
-1,6
-7,3
-3,5
-2,6
-7,3
-7,0
-6,3
3.1 Serviços tecnico-profissionais
5,6
-3,7
1,6
-5,1
-2,8
-0,1
-12,3
-2,8
-1,5
-12,3
-11,8
-10,2
3.2 Serviços administrativos e complementares
-0,4
-2,3
1,6
-2,7
-3,8
-2,1
-4,5
-3,8
-2,9
-4,5
-4,4
-4,1
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio
0,7
-1,2
-0,3
4,8
3,7
0,6
2,3
3,7
2,2
2,3
2,8
3,2
4.1 Transporte terrestre
-0,4
-0,6
-0,6
2,7
3,0
0,5
0,9
3,0
1,8
0,9
1,5
1,9
4.2 Transporte aquaviário
-1,0
1,4
-2,4
22,2
11,9
13,3
17,5
11,9
12,6
17,5
18,7
20,9
4.3 Transporte aéreo
6,6
0,8
-11,4
-17,5
1,7
-19,9
-19,4
1,7
-9,3
-19,4
-18,0
-18,4
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio
0,5
-0,9
0,6
11,4
4,0
4,5
8,1
4,0
4,3
8,1
8,1
8,5
5. Outros serviços
1,7
2,2
-0,7
-5,5
1,6
1,5
-8,9
1,6
1,6
-8,9
-8,4
-7,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal (2) Base: igual mês do ano anterior (3) Base: igual período do ano anterior (4) Base: 12 meses anteriores
O setor de serviços voltou a mostrar variação positiva em fevereiro de 2018 (0,1%), após recuar 1,9% em janeiro, quando praticamente devolveu o ganho acumulado dos dois últimos meses de 2017 (2,0%). O ligeiro acréscimo no volume de serviços se deu de forma concentrada tanto em termos setoriais como regionais. Apenas uma das cinco atividades e quinze dos vinte e sete estados brasileiros mostraram taxas positivas no mês.
A variação positiva do volume de serviços (0,1%) em fevereiro deveu-se apenas aos serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). As demais atividades recuaram: serviços prestados às famílias (-0,8%), serviços de informação e comunicação (-0,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%).
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços recuou 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2018 frente ao nível do mês anterior, interrompendo assim a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado.
Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, os serviços prestados às famílias (-1,3%) mostraram a queda mais intensa neste mês e mantiveram o comportamento predominantemente negativo desde agosto de 2017. Os demais segmentos que também recuaram em fevereiro foram serviços de informação e comunicação (-0,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%).
Em contrapartida, outros serviços (1,1%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,2%) assinalaram as taxas positivas em fevereiro de 2018.
Em relação a fevereiro de 2017, o volume do setor de serviços recuou 2,2% em fevereiro de 2018, com resultados negativos em três das cinco atividades de divulgação e 51,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-4,9%) foram os que mais impactaram negativamente o índice global.
Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2017, as duas atividades que apontaram aumento no volume de serviços foram: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%) e outros serviços (1,5%).
No índice acumulado de janeiro a fevereiro de 2018, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou queda de 1,8%, com taxas negativas em três das cinco atividades de divulgação e 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-4,9%) exerceram o principal impacto negativo sobre o índice global. As demais influências negativas vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%) e dos serviços prestados às famílias (-4,0%).
Já os impactos positivos do acumulado do primeiro bimestre do ano ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,2%) e outros serviços (1,6%).
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, 15 dos 27 estados tiveram avanço no volume dos serviços em fevereiro, em relação a janeiro, na série com ajuste sazonal. São Paulo, que representa cerca de 43% de todo o volume de serviços gerado no Brasil, mostrou variação nula (0,0%) em fevereiro de 2018, contribuindo para que o índice nacional também ficasse próximo à estabilidade.
Nos locais, os destaques positivos nesse mês foram: Paraná (2,0%); Rio de Janeiro (0,5%), Santa Catarina (0,5%); Pará (1,4%) e Mato Grosso do Sul (1,5%). Já as principais influências negativas vieram da Bahia (-9,0%), Ceará (-16,8%), Rio Grande do Sul (-2,2%) e Minas Gerais (-0,8%).
Em relação a fevereiro de 2017, a queda do volume de serviços no Brasil (-2,2%) foi acompanhada por 22 das 27 unidades da federação. Os recuos mais importantes foram: Rio de Janeiro (-2,6%), São Paulo (-0,7%), Bahia (-8,6%), Minas Gerais (-3,5%), Distrito Federal (-8,6%) e Ceará (-12,7%). Por outro lado, a expansão mais relevante para a formação do índice nacional veio do Paraná (2,7%).
No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, 23 das 27 unidades da federação mostraram taxas negativas. Os recuos de maior magnitude ocorreram no Rio Grande do Norte (-11,5%), Piauí (-10,7%), Ceará (-9,4%), Tocantins (-8,9%), Distrito Federal (-8,8%) e Pará (-8,1%). Já a maior alta foi em Mato Grosso (2,9%), enquanto São Paulo obteve variação nula (0,0%) no acumulado dos dois primeiros meses de 2018.
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
O índice de atividades turísticas recuou 4,0% em relação a janeiro de 2018. Todas as doze unidades da federação acompanharam este movimento de queda, com destaque para São Paulo (-0,7%), Bahia (-9,4%), Minas Gerais (-6,7%), Rio de Janeiro (-3,6%) e Distrito Federal (-6.1%).
Na comparação com fevereiro de 2017, o volume de atividades turísticas recuou 5,2% no Brasil, após ter ficado estável em janeiro (0,0%). Em termos regionais, nove dos doze estados onde o indicador é investigado mostraram queda dos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-5,2%) e Rio de Janeiro (-7,9), que juntos representam cerca de 50% das receitas dos serviços ligados a atividades turísticas do Brasil.