O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,22%, ficando 0,13 ponto percentual acima do resultado de março (0,09%). O acumulado no ano foi de 0,92%, o menor nível para um mês de abril desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 2,76%, depois de registrar 2,68% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2017, o IPCA havia atingido 0,14%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de abril foi de 0,21%, com o acumulado do ano ficando em 0,69%, alcançando também o menor nível para um mês de abril desde a implantação do Plano Real. A publicação completa e o material de apoio do IPCA podem ser acessados à direita da página.
PERÍODO
TAXA
Abril de 2018
0,22%
Março de 2018
0,09%
Abril de 2017
0,14%
Acumulado no ano
0,92%
Acumulado nos 12 meses
2,76%
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Comunicação apresentou deflação em abril, com variação de -0,07%. Transportes, com variação de 0,00%, mostrou, na média, estabilidade nos preços de março para abril. Já os demais grupos vieram com alta, variando de 0,08% a 0,91%, conforme pode ser observado na tabela abaixo.
IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Março
Abril
Março
Abril
Índice Geral
0,09
0,22
0,09
0,22
Alimentação e Bebidas
0,07
0,09
0,02
0,02
Habitação
0,19
0,17
0,03
0,03
Artigos de Residência
0,08
0,22
0,00
0,01
Vestuário
0,33
0,62
0,02
0,04
Transportes
-0,25
0,00
-0,05
0,00
Saúde e Cuidados Pessoais
0,48
0,91
0,06
0,11
Despesas Pessoais
0,05
0,12
0,01
0,01
Educação
0,28
0,08
0,01
0,0
Comunicação
-0,33
-0,07
-0,01
0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
O grupo Saúde e cuidados pessoais teve a maior variação (0,91%) e a maior contribuição (0,11 p.p.) no mês, respondendo por metade do IPCA de abril, com destaque para remédios (1,52%) e plano de saúde (1,06%). Os medicamentos refletem o reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo de medicamento.
A alta de 0,17% na Habitação foi impulsionada pela energia elétrica (0,99%) devido aos reajustes nas tarifas em cinco das 13 regiões pesquisadas. No Rio de Janeiro, esses reajustes referem-se às duas concessionárias e, em Porto Alegre, a apenas uma das concessionárias que operam naquela região metropolitana.
Energia elétrica
Região
Variação (%)
Reajuste (%)
Data
Rio de Janeiro
3,94
9,09 e 21,46
15/03
Campo Grande
9,69
10,65
08/04
Porto Alegre
3,47
9,85
19/04
Salvador
3,09
16,95
22/04
Fortaleza
3,34
3,80
22/04
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão recuou 0,02%. Desde 5 de abril, vigora a redução de 4,45% nas refinarias, anunciada pela Petrobras, no preço dos botijões de gás de 13kg.
Os alimentos registraram alta de 0,09% em abril, sendo que os consumidos no domicílio aceleraram de março (-0,18%) para abril (0,27%) e a alimentação fora do domicílio registrou queda de 0,22%, frente a alta de 0,52% de março. Tal movimento foi impulsionado pela refeição fora (de 0,62% em março para -0,55% em abril).
Na alimentação no domicílio, cebola (19,55%), hortaliças (6,46%), leite longa vida (4,94%) e frutas (2,95%) registraram alta. Já batata-inglesa (-4,31%), açúcar cristal (-2,80%), frango inteiro (-2,08%) e carnes (-0,31%) registraram queda.
No grupo dos Transportes (0,00%), as altas do conserto de automóvel (1,31%) e da gasolina (0,26%) compensaram as quedas do etanol (-2,73%) e das passagens aéreas (-2,67%), levando o grupo a apresentar, na média, estabilidade nos preços de março para abril.
Ainda nos Transportes, o item ônibus urbano (0,12%), teve reajuste de 6,17% nas tarifas de Porto Alegre (2,14%), em vigor desde 13 de março. No ônibus intermunicipal (0,29%), foram incorporados os seguintes reajustes: 6,30% em Fortaleza (6,20%), em vigor desde 31 de março; 4,86% em Campo Grande (2,78%), vigorando a partir de 1º de abril e 3,00% em Vitória (2,02%), desde 14 de março.
Nos demais grupos de produtos e serviços destacam-se, no Vestuário (0,62%), as roupas femininas, que ficaram, em média, 1,66% mais caras. Já nos Artigos de residência (0,22%) o destaque foi o item eletrodomésticos (0,42%).
A queda de 0,07% no grupo Comunicação foi motivada pelos aparelhos telefônicos que ficaram, em média, 2,04% mais baratos de um mês para o outro. Também houve variação de 1,54% no item correio, em decorrência da cobrança adicional de R$3,00 nas entregas realizadas no Rio de Janeiro (1,85%), que passou a vigorar desde 11/04.
Em termos regionais, foram registradas a queda de 0,18% em Goiânia e a alta de 0,73% em Campo Grande, com destaque para o item energia elétrica em ambos os casos. Em Goiânia, a variação de -3,83% foi motivada pela redução na alíquota do PIS/COFINS. Já em Campo Grande (9,69%) houve reajuste de 10,65% nas tarifas, em vigor desde 08 de abril.
IPCA – Variação mensal, ano e 12 meses por região
Região
Peso Regional (%)
Variação (%)
Variação Acumulada (%)
Março
Abril
Ano
12 meses
Campo Grande
1,51
-0,35
0,73
0,68
1,98
Porto Alegre
8,4
0,11
0,40
1,28
2,92
Brasília
2,80
0,01
0,40
0,46
2,99
Belém
4,65
0,03
0,35
1,03
1,23
Salvador
7,35
-0,27
0,34
0,97
2,05
Recife
5,05
-0,31
0,33
0,32
1,99
Rio de Janeiro
12,06
0,12
0,30
1,58
2,75
Fortaleza
3,49
0,23
0,28
0,85
1,46
Belo Horizonte
10,86
0,23
0,22
1,14
2,31
Vitória
1,78
-0,28
0,19
0,77
2,10
São Paulo
30,67
0,22
0,10
0,82
3,48
Curitiba
7,79
0,10
0,08
0,54
2,98
Goiânia
3,59
0,02
-0,18
-0,04
3,48
Brasil
100,00
0,09
0,22
0,92
2,76
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 27 de abril de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 02 de março a 29 de março de 2018 (base).
INPC foi de 0,21% em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,21% em abril e ficou 0,14 p.p. acima da taxa de 0,07% de março. O acumulado no ano foi de 0,69%, seu menor nível para um mês de abril desde a implantação do Plano Real. No acumulado dos últimos doze meses, o índice foi de 1,69%, ficando acima do 1,56% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2017, o INPC registrou 0,08%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,11% em abril, enquanto, no mês anterior, recuaram 0,17%. O agrupamento dos não alimentícios subiu 0,25%, enquanto, em março, havia registrado 0,17%.
Em termos regionais, Goiânia (0,27%) teve queda e Campo Grande (0,72%) alta. Em ambos os locais o destaque foi o item energia elétrica. Em Goiânia, a variação de -4,11% foi motivada pela redução na alíquota do PIS/COFINS. Em Campo Grande (9,69%), houve reajuste de 10,65% nas tarifas, em vigor desde 8 de abril.
INPC – Variação mensal, ano e 12 meses por região
Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Março
Abril
Ano
12 meses
Campo Grande
1,64
-0,60
0,72
0,12
0,70
Porto Alegre
7,38
0,10
0,46
1,17
2,38
Brasília
1,88
0,18
0,37
0,43
1,65
Salvador
10,67
-0,27
0,34
0,61
1,33
Belém
7,03
0,13
0,31
1,07
0,76
Rio de Janeiro
9,51
0,32
0,29
1,51
1,10
Recife
7,17
-0,34
0,28
0,03
0,83
Belo Horizonte
10,60
0,25
0,26
0,81
1,17
Vitória
1,83
-0,29
0,25
0,69
1,31
Fortaleza
6,61
0,11
0,22
0,75
0,80
São Paulo
24,24
0,23
0,04
0,61
2,54
Curitiba
7,29
-0,01
0,04
0,27
2,40
Goiânia
4,15
-0,07
-0,27
-0,42
2,62
Brasil
100,00
0,07
0,21
0,69
1,69
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 27 de abril de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 02 de março a 29 de março de 2018 (base).