A agitada rodada de negócios do III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, na última sexta-feira (10), em Belo Horizonte, foi encerrada com 100 reuniões, 12 compradores e representantes de 25 Indicações Geográficas (IGs). O modelo de aproximação do Sebrae entre pequenos produtores e compradores foi elogiado pelos participantes. A estimativa feita pelas empresas envolvidas é de que, nos próximos 12 meses, sejam realizados negócios da ordem de R$ 665 mil, decorrentes desses encontros. Somente durante o evento, foram efetivamente fechadas vendas que movimentaram R$ 34 mil.
“Foi a rodada de negócios que mais funcionou para mim”, disse Ritha Jacome, proprietária da rede de empórios Du Carmo, em Belo Horizonte. “Foi muito interessante para conhecer os produtos. Os vendedores estavam preparados, sabiam falar sobre todos os itens. Foi possível fechar vários negócios”, contou a empresária. Segundo Ritha, o café gourmet e o queijo foram os carros-chefe.
Ronaldo Toppel Filho, representante da recém-criada IG São Matheus do Sul (PR), montou a mesa de negociação com produtos derivados do chá mate, com direito a chimarrão pronto para a degustação. “Atendi a três clientes pela manhã e um deles tenho quase certeza de que vai fechar negócio. Mas eu aprendi que rodadas assim são, na verdade, oportunidade de fazer propaganda dos produtos e falar de erva mate para mim é falar da minha paixão”, disse Toppel.
Cleisson Júnior dos Santos, gerente da associação da IG do Serro (MG), estava com a mesa concorrida. O queijo do Serro lembra o da concorrente Canastra, tem aroma e sabor encorpados. “Nossos queijos têm mais de 300 anos de história”, dizia aos interessados. “Não perdemos nenhum evento do Sebrae”, contou. Os queijos do Serro estavam no foco da empresária Inês Dias, proprietária há 30 anos do empório Leite na Pista, que fica na estrada que liga a capital a Campos do Jordão. “Vim atrás também de cachaça, farinha e café. Os produtos são o melhor dessa rodada”, disse.