A Justiça de Rondônia prorrogou as prisões temporárias de três investigados na operação “Pau Oco”, que apura fraudes na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado (Sedam). Osvaldo Pittaluga, ex-secretário adjunto da Sedam, Flávio Tiellet, assessor do governo do estado e um terceiro investigado devem continuar presos temporariamente por mais cinco dias.
Já o ex-secretário Hamilton Pereira foi liberado da cadeia juntamente com outros dois investigados.
Depois das prisões nesta semana, o governador Daniel Pereira (PSB) exonerou Hamilton e Pitaluga dos cargos e ainda não comentou o caso. Segundo a assessoria do governo, Daniel Pereira passou a semana em Brasília e deve voltar a Porto Velho neste fim de semana.
Após a operação na Sedam, Renato Berwanger da Silva foi nomeado secretário da Sedam e Jorge Lourenço da Silva como secretário adjunto da pasta.
O advogado de Pittaluga disse que seu cliente é inocente, não cometeu nenhum crime e que vai aguardar o esclarecimento do secretário adjunto à polícia, bem como a possível liberação, caso a prisão não seja convertida em preventiva.
O G1 tenta contato com o ex-secretário da Sedam para comentar o caso.
‘Pau Oco’
A operação Pau Oco foi deflagrada pela Polícia Civil no último dia 5 de novembro. Na ocasião, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão e 10 de afastamentos de função pública. Quatro pessoas foram presas.
Conforme investigadores, a Pau Oco foi feita com o objetivo de apurar um esquema de extração ilegal de madeiras, sem qualquer verificação prévia em áreas florestais de jurisdição estadual, e o envolvimento de servidores comissionados da Sedam. Os locais de origem da retirada estão sendo mapeados.
A descoberta da fraude na extração ilegal de madeira ocorreu após a Polícia Civil realizar operações em reservas estaduais, no Vale do Jamari, em 2017. Na região, os policiais identificaram e entenderam as formas de ilegalidades na concessão de licença.
Quando começaram as investigações?
As investigações em Rondônia, segundo a Civil, começaram há quatro meses. Neste período foi descoberto que os servidores faziam parte ou chefiavam a organização criminosa. Eles também são suspeitos de lavagem de capitais, crimes contra a administração ambiental e falsidade ideológica.
Durante a operação nesta semana, os agentes recolheram documentos e o possível cronograma seguido pela organização criminosa. Também foram apreendidos mais de R$ 100 mil em espécie.
Fonte: G1