Primeiro dia da Semana da Consciência Negra: Tambores de Resistência. (Foto: Divulgação)
A conectividade social aliada às novas tecnologias e ao fortalecimento dos espaços de participação social e político visando alavancar a economia criativa no Maranhão. Esse foi o foco dos temas debatidos durante a abertura da Semana da Consciência Negra: Tambores de Resistência, na quarta-feira (28), na Casa do Tambor, na Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís.
A Semana, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), prossegue até sábado (1º). Participam do evento: empreendedores do setor cultural que estão tendo acesso a métodos para ampliar a economia desse campo.
A programação, diversificada, está colocando em pauta temáticas como a economia criativa para o setor cultural e as histórias e personagens da Cultura Tradicional do Maranhão e suas influências na música popular, dentre outros assuntos.
O superintendente de Patrimônio Imaterial do Governo do Maranhão e gestor da Casa do Tambor, Neto de Azile, apontou o objetivo central da realização das palestras e oficinas durante a Semana da Consciência Negra.
“A Casa do Tambor tem a função de transmissão dos saberes e a manifestação da cultura popular, através do tambor de crioula, que vai além do espetáculo. É descobrir a posição do fazedor, do cantor, do coreiro, nas diversas dimensões da vida humana cultural, artística, política e principalmente identitária. Esse encontro vem buscar uma discussão, desde as formas de sustentabilidade dos grupos que estão em sério risco, devido às crises econômicas que estão nas comunidades tradicionais”, afirmou Neto de Azile.
Por isso, o Governo do Maranhão viabiliza uma forma própria para alavancar a economia cultural, garantindo a expansão dos diálogos, cruzando as linguagens tradicionais com as linguagens mais técnicas e tecnológicas, por meio das palestras”, comenta Neto de Azile.
Na abertura da programação, o produtor cultural André Lobão mediou a palestra ‘Economia Criativa e os desafios da produção cultural’. André garante que para superar e garantir a base da economia são necessários cumprir o critério da criação, do compartilhamento, da colaboração e da troca de informações.
A relações públicas e doutoranda em Relações Internacionais, Lú Cutrim, que compôs a plateia com dezenas de artistas, produtores culturais e representantes da sociedade civil, disse que essa é mais uma oportunidade de expandir os negócios no ramo cultural. “Uma grande oportunidade de estarmos aqui neste espaço maravilhoso, com um ambiente bem propício culturalmente e socialmente. A partir desse encontro, vamos sair com novas perspectivas para encontrar a fórmula e alcançar o resultado que almejamos”, enfatiza.
Além da temática sobre economia criativa, a Semana discutiu o tema ‘Cultura não é crise, é a saída’, com uma roda de conversa, nesta quinta-feira (29), onde foi debatido os rumos das políticas culturais e as soluções para sustentabilidade da cadeia produtiva.
Dentro da programação será realizada a roda de Conversa O Lugar da Música Preta, que trará as histórias, composições e ritmos que embalaram uma trajetória de resistência e luta nos diversos cantos da música afro-brasileira.
A programação encerrará no sábado com o Dialogo de Matrizes, do Berimbau ao Rufador Hora, com a apresentação do Tambor de Crioula na Ginga da Capoeira.
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira (30)
14h- Roda de Conversa O Lugar da Música Preta. Com histórias, composições e ritmos que embalaram uma trajetória de resistência e luta nos diversos cantos da música afro-brasileira.
Sábado (1º)
10h30 – Roda de Conversa Cantadores, Coreiros, Caixeiras e Cantores. Com histórias e personagens da Cultura Tradicional do Maranhão e suas influências na música popular maranhense. Participarão: José Lazaro (MA) Mestre Zé Olhinho (MA) Josias Sobrinho (MA) Zezé de Iemanjá (MA) mediadora: Fernanda Preta (MA).
14h – Debate Dialogo de Matrizes, do Berimbau ao Rufador Hora.
18h – Encerramento com apresentação do Tambor de Crioula na Ginga da Capoeira.
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