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Núcleo da USP realiza pesquisa sobre Covid em morcegos e aves em Monte Negro

17/05/2021
in Rondônia
Núcleo da USP realiza pesquisa sobre Covid em morcegos e aves em Monte Negro

PORTO VELHO – Desde 1997, ou seja, há 24 anos, a Universidade de São Paulo (USP) mantém um núcleo permanente (ICB5) de pesquisas em Monte Negro, que fica a cerca de 250 quilômetros de Porto Velho, capital de Rondônia. Lá são realizados diversos tipos de estudos, mas o último envolve a coleta de amostras de morcegos e aves para monitoramento de vários SARS-CoV, entre eles o vírus da Covid-19, que tem a sigla científica de SARS-CoV-2.

“É o único núcleo permanente fora do estado de São Paulo. Ele está voltado para a realização de pesquisas, assistência médica, odontológica, fonoaudiológica e para a extensão universitária. Está

em Monte Negro desde 1997, ou seja, há 24 anos e começou
pequenininho. Hoje, é relativamente bem estruturado”, disse o professor médico cientista doutor Luís Marcelo Aranha Camargo, coordenador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB5), da Universidade de São Paulo (USP), em Monte Negro.

A atual pesquisa que começou em outubro do ano passado, com a coleta de amostras de morcegos e aves para identificar a presença de outros coronavírus e doenças existentes nos animais, para montar um banco de dados, e futuramente, produzir vacinas contra esses males.

“Estamos trabalhando em parceria com o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde. Vou explicar o porquê de morcegos e aves: o morcego é um mamífero que é hospedeiro natural de vários SARS-CoV. Da atual pandemia é o SARS-CoV-2, mas existem outros coronavírus. O que o Ministério quer fazer e nós coordenamos o núcleo da Amazônia é quais são esses outros coronavírus que esses morcegos têm, pra já ir adiantando uma proposta de vacina. Já as aves, elas voam muito de um lugar para outro e elas podem carregar vírus que são passados pelos mosquitos. Nessas pesquisas em Monte Negro, já encontramos em aves o vírus da Febre do Oeste do Nilo”, falou o professor Luís Marcelo Aranha.

Segundo o próprio coordenador da pesquisa da USP, a captura dos
animais é licenciada pelos órgãos ambientais e que logo após a coleta das amostras, eles são soltos de volta no mesmo local de habitat.

Luís Marcelo Aranha também destaca que a ação de destruição do homem na natureza vem provocando as sucessivas ondas de pandemias pelo mundo.

“Já encontramos outros coronavírus e estamos na etapa de identificação molecular. O que queremos é observar esses fenômenos e montar um banco de dados. Eventualmente, em uma outra pandemia, o que queremos que não aconteça, mas queremos estar preparados. Temos uma pandemia que está aí, que é a do H1N1, que mata mais que a Covid e teve vacina descoberta há poucos anos. Sempre temos esses episódios envolvendo vírus. Chamamos isso de fenômeno de transbordamento, onde esses animais estão na natureza e quando você vai desmatando, diminuindo o habitat deles, eles têm maior contato com o homem e provocando essas doenças”.

Trabalho produtivo

Em 2012, o ICB5 descobriu uma espécie nova de barbeiro, inseto transmissor da doença de chagas, em Rondônia. O estudo confirmou que além dos barbeiros já conhecidos pela sociedade científica, uma nova espécie foi encontrada em Monte Negro.

O estudo começou em 2005, coordenado também pelo médico e professor da USP, Luís Marcelo Aranha Camargo. “O Rhodnius montinegrensis recebeu esse nome porque foi descoberto em Monte Negro, mas acredito que tenha uma área de distribuição por todo o estado. Já encontramos em Ariquemes, Buritis e em Ouro Preto. Ele tem uma capacidade muito fácil de ir para residências atraídos pela luz”, disse à época o professor de biologia da Ufac doutor Dionatas Meneguetti.

Seis anos depois, em 2018, os cientistas também encontraram barbeiros infectados com o Trypanosoma rangeli, que não causa a doença, mas que pode confundir o diagnóstico.

A descoberta gerou o artigo First Report of Natural Infection with Trypanosoma cruzi in Rhodnius montenegrensis (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) in Western Amazon, Brazil, publicado em julho na revista Vector-Borne and Zoonotic Diseases.

Estudos com a população moradora dos locais próximos onde os barbeiros foram encontrados indicam inexistência de transmissão da doença. Entretanto, apenas a presença do inseto perto dos domicílios já serve de alerta, pois representa um risco para a população.

Segundo revisão sistemática publicada em 2014, estima-se que o número de casos de doença de Chagas no Brasil, atualmente, gire em torno de 4,6 milhões de pessoas.

O estudo foi realizado pela pesquisadora Adriana Benatti Bilheiro,
da Universidade Federal de São João del-Rey, sob a orientação do professor Luís Marcelo Aranha Camargo, coordenador do ICB5 da USP.

Texto: Felipe Corona
Editor assistente: Emerson Motta
Editor chefe: Eduard Motta


Fonte:Jornal Rondôniavip

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