Quando se pensa em construir uma casa ou escritório ou reformar tais ambientes, o tratamento acústico pode não ser a primeira coisa em mente. Afinal levantar paredes, elétrica, esgoto, acabamentos como pintura e decoração, tudo isso representa grandes gastos. Mas conseguir isolar o som pode ser fundamental para a qualidade de vida e do trabalho naquele lugar.
A poluição sonora está diretamente ligada a graves impactos na saúde humana, como doenças cardiovasculares, perda auditiva, estresse e, por fim, queda na expectativa de vida.
A vida nas grandes cidades não é simpática para os ouvidos. Quem mora em um lugar barulhento, seja por trânsito de carro e aéreo, concentração de pessoas – morar perto de um bar ou centro comercial – ou outro fator, pode ter sua vida impactada de forma clara. Quem mora em uma cidade e nunca acordou com um barulho na rua?
Mas no trabalho esse problema pode ficar ainda pior. Por ser em horário comercial, a restrição ao barulho é limitada e como já é um ambiente de pressão e estresse naturais, o problema é multiplicado.
Tratamento acústico em escritório, fábricas e indústrias
Cada vez mais as empresas ficam atentas a esse problema e investem em tratamentos acústicos. Afinal se em um escritório é normal que o barulho de máquinas como impressoras ou áreas comuns atrapalhe o dia a dia do trabalho mais intelectual, em uma indústria de maquinário pesado é ainda pior.
O ideal é separar claramente as máquinas das áreas de trabalho criativo, que dependem de maior silêncio, conversas entre colaboradores, reuniões e até a recepção de clientes.
O material usado para o tratamento acústico pode variar. A lã de vidro e de rocha são bastante versáteis, assim como o revestimento acústico Amplisound e a espuma. Outro ponto positivo é que essas soluções não são combustíveis, portanto ajudam a conter incêndios.
Ao conseguir criar esses ambientes silenciosos, o retorno do investimento é rápido: a qualidade do trabalho será maior, assim como o nível de conforto dos profissionais e sua produtividade a longo prazo.
Em ambientes mais barulhentos, o ganho pode ser financeiro logo de cara também. Uma empresa de Goiás já foi obrigada a pagar adicional por insalubridade por expor seus colaboradores a um ambiente com ruído contínuo ou intermitente superior a 85 decibéis.
E nas residências?
O barulho em casas e apartamentos é consideravelmente menor que em ambientes de trabalho, mas mesmo assim pode ser incômodo, afinal afeta diretamente seu lugar de descanso e lazer. Inclusive é assunto para diversos processos na justiça.
Algo que se torna cada vez mais comum é a opção por portas e janelas antirruído em casas e apartamentos localizados em regiões barulhentas das grandes cidades brasileiras. O trânsito é um dos grandes vilões nesse sentido, já que o tráfego de carros, ônibus e caminhões pode ser intenso em determinadas horas do dia – especialmente pela manhã e fim da tarde – e não necessariamente para à noite e nos fins de semana.
O Minhocão em São Paulo é um caso conhecido desse problema, já que o elevado foi construído em meio aos prédios, que tiveram que conviver com o trânsito a poucos metros de suas janelas. Depois de décadas de reclamação a solução foi fechar a passagem à noite e nos fins de semana e logo, de forma definitiva, com a criação de um parque no local.
Porém, não dá para simplesmente encerrar o trânsito em todas as ruas porque há barulho e por isso a solução rápida é investir em tratamento acústico, isolando o som e impactando na qualidade de vida de forma imediata.
Esse tratamento acústico também é positivo para não atrapalhar vizinhos. Quem toca instrumentos musicais, gosta de receber visitas, faz gravações de vídeos em sua residência, gosta de cozinhar, usar eletrodomésticos para limpar a casa e não quer se preocupar com reclamações, pode valer a pena investir em materiais para reduzir o barulho. Todo mundo sai ganhando nessa.