Folhas verdes balançando ao vento, assim é a bananeira, que gera o fruto mais consumido do Brasil, mas que está ameaçada pela doença Fusariose FOC R4T em alguns países. No Acre, os servidores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e demais órgãos participaram nesta sexta-feira, 2, do encerramento da capacitação técnica com a finalidade de diagnosticar, de forma preventiva, possíveis sintomas da doença Fusariose, FOC R4T.
O encontro com 34 servidores quis alertar para os sintomas da doença, com o objetivo de multiplicar o conhecimento para os produtores rurais.
Entre os diálogos para a prevenção da raça 4 Tropical da Fusariose em bananeiras, os especialistas Wilson Moraes e Juliana Moreira, da Superintendência Federal da Agricultura de São Paulo e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apresentaram estudos e registros sobre a doença em alguns países.
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Para atuar de maneira preventiva no campo, os técnicos estaduais conheceram os principais sinais da doença, que traz um fungo que prejudica as bananeiras, a exemplo das folhas amareladas, de baixo para cima, sendo que a última folha a morrer é a mais nova.
“Esse é um trabalho de educação sanitária e pretende levar conhecimento para a comunidade, já que estamos lidando com uma praga quarentenária, a Fusariose, R4T, que tem focos registrados na Colômbia e no Peru”, afirmou Wilson Moraes, engenheiro agrônomo.
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“A proposta é capacitar os técnicos acerca da Fusariose, FOC R4T, que atinge a cadeia produtiva da bananicultura. Assim, podemos trabalhar na prevenção, sobretudo buscando informar e conscientizar os agricultores sobre os veículos de transmissão. O solo é um deles”, disse a médica veterinária Juliana Moreira.
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A intenção do Estado e dos órgãos governamentais é promover medidas de biossegurança para a prevenção na propriedade.
“A intenção do Ministério junto aos órgãos de defesa é justamente tentar evitar que essa praga atinja nossos bananais e cause prejuízos econômicos, principalmente para pequenos agricultores familiares”, destacou Mamed Dankar, técnico agrícola da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa).
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Assim, os produtores rurais e demais pessoas podem identificar a doença nas plantas e comunicar ao técnico extensionista ou ao escritório mais próximo, a fim de coletar o material e enviar para laboratório, de modo a resguardar a cadeia produtiva da banana.
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“A equipe do Idaf aparece como multiplicadora de informação, a fim de levar para o produtor, especificamente o da banana, o conhecimento que vai servir para realizar a defesa agropecuária, por meio da notificação enviada ao técnico da instituição”, frisou a chefe do Departamento tático vegetal do Idaf, Ligiane Amorim.