Denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Sapiranga, os réus Yago Rudinei da Silva Machado e sua mãe, Ledamaris da Silva, foram condenados nesta quinta-feira, 19 de janeiro de 2023, por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) do tenente do Corpo de Bombeiros Glaiton Silva Contreira, cometido em outubro de 2020. Os réus foram sentenciados a 17 anos, 6 meses e 1 dia de reclusão, no caso de Ledamaris, e a 15 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, no caso de Yago, ambos em regime inicial fechado. O MPRS vai recorrer para aumentar as penas. Mãe e filho não poderão apelar em liberdade, sendo mantidas as prisões deles. Ledamaris está recolhida no Presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre, e Yago no Presídio Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas.
Os promotores de Justiça Karen Cristina Mallmann e Francisco Saldanha Lauenstein, que atuaram em plenário, comprovaram que eles mataram a vítima por esgorjamento (cortes profundos no pescoço). O crime aconteceu em 25 de outubro de 2020 na Rua Travessão Campo Bom, bairro São Luiz, em Sapiranga, e foi arquitetado por Ledamaris e Yago, companheira e enteado de Glaiton. O motivo do crime foi em virtude de interesses patrimoniais.
Glaiton foi sedado em sua própria casa com gás sevoflurano e levado até o carro. No local do assassinato, um lugar ermo, foi esfaqueado por Yago na região do pescoço e sangrou até a morte. Após, o enteado, estudante de enfermagem, fugiu do local dispensando a arma do crime, aparelho de celular e demais objetos do padrasto sob uma ponte. Os medicamentos utilizados para deixar o tenente inconsciente foram subtraídos da área de descarte do hospital em que fazia estágio.