O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Palmeira das Missões denunciou nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, 10 pessoas pelo assassinato do prefeito de Lajeado do Bugre, Roberto Maciel Santos, e pela tentativa de assassinato do vice-prefeito, Ronaldo Machado da Silva, e de Marcelo de Campos Wolff. Os denunciados são acusados pelos crimes de homicídio consumado e tentado – cometido por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a execução e vantagem de outro crime – e pelo crime de extorsão.
O fato ocorreu em 24 de novembro de 2022, por volta das 11h20, na Prefeitura Municipal de Lajeado do Bugre. Conforme a denúncia, um dos denunciados entrou na Prefeitura e, mediante disparos de arma de fogo, acertou o prefeito, causando sua morte. Ainda, tentou matar o vice-prefeito e mais uma vítima que estava no mesmo local também com disparos de arma de fogo. O vice-prefeito não teve lesões corporais, já a outra vítima foi atingida em pelo menos cinco locais.
Outros quatro denunciados auxiliaram diretamente na execução do crime: dois foram responsáveis por repassar informações ao executor, fornecer transporte e segurança para execução do delito e posterior fuga do local; um providenciou o veículo utilizado no crime; e outro forneceu recursos financeiros para custear a prática criminosa. Os outros cinco foram denunciados pelo planejamento e coordenação da execução dos crimes, fornecendo auxílio moral, material e financeiro, além da transmissão de ordens e instrução da ação e fuga.
Referente ao crime de extorsão ocorrido entre os dias 24 e 25 de novembro, cinco dos denunciados, em comunhão de esforços, constrangeram, mediante grave ameaça, a esposa e a filha do prefeito, com o objetivo de obter vantagem econômica. Na ocasião, os denunciados enviaram mensagens de texto exigindo a quantia de R$ 50 mil para serem “deixadas em paz”. Também foi enviado às vítimas um vídeo com ameaças, no qual é possível ver um indivíduo dentro de um carro, exibindo duas armas de fogo. Dos 10 denunciados, nove estão presos preventivamente e um está foragido. O MPRS ainda requereu a fixação de um valor mínimo de R$ 50 mil como reparação de danos para cada uma das vítimas e seus familiares.