O Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) poderá ser utilizado para subsidiar o combustível de aviões e solucionar os problemas de voos e os altos preços das passagens no Acre. Essa possibilidade foi levantada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, em resposta aos apelos por soluções para o problema feitos pela bancada federal do Acre e pelo governo do Estado durante uma reunião ocorrida nesta quinta-feira, 17, em Brasília.
Outro ponto discutido foi a possibilidade de instalar uma alfândega no aeroporto de Rio Branco e até transformá-lo em um aeroporto binacional, permitindo assim a operação de voos internacionais, inclusive da Bolívia, e expandindo a oferta de voos no estado. Também foi abordada a instalação de um Sistema de Pouso por Instrumento (ILS) no aeroporto de Cruzeiro do Sul e a construção de um aeroporto em Sena Madureira.
A reunião foi organizada pelo coordenador da bancada, senador Alan Rick. O governo foi representado pela secretária de Relações Federativas, Rosangela Bardales. “Este é um pedido de socorro para nos auxiliar a encontrar uma solução, pois nosso povo está enfrentando grandes dificuldades”, afirmou a Secretária. “Em casos de doença, se alguém precisa sair do estado para tratamento, não encontra passagens ou não consegue devido aos custos elevados”, exemplificou ela.
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Rosangela Bardales também enfatizou o empenho do governador Gladson Cameli em buscar soluções para o problema, incluindo apelos a ministros e várias reuniões com empresas aéreas, em conjunto com a bancada federal acreana. Outra medida do governador com esse objetivo, mencionada durante o encontro, foi a redução do ICMS do combustível de aviação de 25% para 3% em maio de 2022. Lidiane Rodrigues, da Casa Civil, e representante das agências de turismo, reforçaram esse apelo.
“O povo do Acre não aguenta mais”, disse o senador Alan Rick, ao apresentar um panorama dos problemas no estado, como a existência de apenas dois voos, ambos na madrugada, e os preços elevados das passagens. Ele adiantou que está buscando modificar a legislação que regula a aviação brasileira para permitir que empresas internacionais possam operar nos estados da Amazônia, incluindo o Acre, com o objetivo de ampliar a oferta de voos.
Apoio
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O ministro Márcio França garantiu apoio total às reivindicações da comitiva acreana. “O presidente Lula já tinha encomendado que fizéssemos um estudo especial para a Amazônia. E vamos lá pessoalmente para poder olhar esses lugares e preparar essas mudanças importantes da aviação brasileira”, afirmou o ministro. Ele sugeriu, inclusive, a possibilidade de transformar o aeroporto de Rio Branco em binacional, a depender do entendimento entre os países envolvidos. E disse que tratará da alfândega do referido aeroporto com a competente do governo federal.
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Também participaram da reunião o senador Márcio Bittar, a deputada Meire Serafim – que incluiu a reivindicação do aeroporto de Sena Madureira – e os deputados Gerlen Diniz, Eduardo Velloso e Zezinho Barbary – que tratou sobre o ILS no Juruá. Em maio deste ano, o governador Gladson Cameli também havia pedido a instalação de um ILS no aeroporto de Cruzeiro do Sul, para o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, de quem também recebeu apoio neste sentido.
As reivindicações dos acreanos também foram reforçadas pelo presidente do Conselho Estadual de Turismo, Rizomar Santos.
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Federações
Na manhã desta quinta-feira, a secretária Rosângela Bardales também participou, juntamente com o assessor técnico da Serf, Klinger Cruz, do seminário Desafios da Federação – Caminhos para a promoção do desenvolvimento econômico, social e sustentável do país. O evento está sendo realizado no Anexo I do Palácio do Planalto, promovido pelo governo federal via secretarias de Assuntos Federativos e de Relações Institucionais, além do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea).