Alunos do ensino médio de diversas escolas do Distrito Federal assistiram ontem no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, o filme Legalidade. O evento foi organizado pela Segunda-Secretaria da Câmara. “Conhecer a história é fundamental para quem pensa uma sociedade que já teve tantas rupturas contrárias à democracia”, disse a segunda-secretária, deputada Maria do Rosário (PT-RS), ressaltando que os mais jovens precisam conhecer a história recente do País.
O filme de duas horas de duração foi lançado em 2019 e por enquanto não está disponível em nenhuma plataforma de streaming.
O diretor do filme, Zeca Brito, explicou que a história se passa durante 15 dias em 1961, quando o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola mobilizou a sociedade para evitar um golpe militar após a renúncia de Jânio Quadros. “Exibir o filme aqui dentro [na Câmara], que foi onde o golpe de 64 foi costurado, é muito simbólico”, disse o cineasta.
“[Leonel Brizola] dedicou sua vida e morreu rebelde, inconformado com o Brasil que nós temos, com as injustiças, com a maioria excluída, exatamente por não ter acesso ao conhecimento”, disse o presidente da Fundação Leonel Brizola, Manoel Dias.
Já o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, destacou que o maior legado de Brizola foi o patriotismo e a defesa dos direitos dos trabalhadores. “Legalidade é um filme que marca o único momento da história em que um governador civil impediu um golpe pelas palavras.”