quinta-feira, 8 maio, 2025
No Result
View All Result
Folha Nobre
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente
Folha Nobre
No Result
View All Result
Folha Nobre
No Result
View All Result

Entidades fazem ato para lembrar invasão da PUC-SP na ditadura

25/09/2023
in Notícias

A comunidade acadêmica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) realizou nesta segunda-feira (25) ato para lembrar a invasão do local por agentes da ditadura civil-militar instaurada com o golpe de 1964, que derrubou o então presidente João Goulart. A manifestação foi realizada no Tucarena, o teatro da Universidade, e resultou de uma parceria com a Comissão Arns, o Instituto Vladimir Herzog e União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outras organizações.

A reitora da instituição de ensino, Maria Amalia Pie Andery, afirmou que uma das principais formas de se assimilar conhecimento é por meio da escuta de testemunhos como os relacionados ao episódio. Segundo ela, uma singularidade inerente à PUC-SP, no contexto da invasão, é o fato de que a universidade já sabia que sofreria o ataque.

Maria Amalia ressaltou que, na data de tomada do espaço, não estava no Brasil, tendo retornado somente meses depois, quando a experiência de trauma ainda existia.

“Queria lembrar que a gente aprende pela experiência própria, pela experiência vivida, pela experiência na pele, na carne. Mas a gente aprende também as coisas contadas, escritas, faladas”. Para a reitora, talvez essa seja a mais importante maneira de se aprender, principalmente quando se trata de política. “São muito poucos os que passam na pele certos momentos fundamentais para a construção de uma sociedade. Por isso é que lembrar é resistir.”

Em seu discurso, a economista Claudia Costin destacou que se recordar do que viveu naquele dia, em 1977, “dói muito”. Embora não estudasse na PUC-SP, foi ao local, com uma colega da instituição, para participar de uma manifestação pacífica dos estudantes, marcada em frente ao Tucarena. De repente, começaram a ouvir a marcha das tropas em direção ao teatro.

“Eu fui derrubada em cima de uma bomba de gás lacrimogêneo, que me deixou uma doença respiratória bastante complicada, naquele momento, e fui pisoteada, porque as pessoas foram levadas a tentar entrar na PUC, no Tucarena, em um corredor muito estreito. A primeira lembrança que tenho foi essa. A segunda foi a de solidariedade de colegas que ajudavam quem caía. A gente olhava as bombas, que não paravam de cair”, relata.

Claudia foi levada pelas autoridades, que a enquadraram na Lei de Segurança Nacional, atribuindo a ela e outros estudantes a responsabilidade pela organização do protesto. A economista e professora acabou permanecendo na unidade da polícia política em São Paulo por dias até ser liberada para voltar para casa. Posteriormente, a Polícia Federal entrou na investigação e retirou seu nome, junto com outros seis, do grupo de 36 suspeitos de liderar o movimento, tornando-a “inocente útil”.

“Tudo isso para dizer: nunca mais. O Brasil não merece. Aliás, país nenhum merece. E, quando fui convidada para integrar a Comissão Arns, foi por essa experiência. Nunca mais quero ver uma ordem de coisas em que as pessoas não possam dizer o que pensam, pensar diferente e tentar construir um país mais livre, mais justo, mais democrático”, declarou.

O debate promovido por ocasião da data pode ser conferido, na íntegra, pelo YouTube.

Agência Brasil

Compartilhe isso:

  • WhatsApp
  • Imprimir
  • Tweet
  • Telegram
  • Threads
Tags: atoditaduraEntidadesfazeminvasãolembrarParáPUCSP

Podcast

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

No Result
View All Result
  • Todas Notícias
  • Rondônia
  • PodCast
  • Expediente

Folha Nobre - Desde 2013 - ©

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite a página Política de Privacidade.