Pensar em investimentos no segundo semestre de 2023 pode trazer grandes dúvidas. Aliás, as perspectivas em relação ao atual cenário econômico são voláteis, ainda mais com as várias demissões que já aconteceram em startups e big techs mundiais como Google, Microsoft, Amazon e Salesforce, além do crédito e taxa de juros às empresas que se mostraram elevadas nos últimos meses. Agora, com a queda da Taxa Selic para 12,75%, mais pontos de interrogação pairam na mente dos investidores brasileiros.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apesar da previsão do aumento de 3% da economia do mundo e 3,2% do PIB do Brasil em 2023, o próximo ano deverá ser marcado por um crescimento mais contido e desacelerado. Por conta dessas informações, muitos investidores decidem optar por aplicações mais conservadoras e com um índice de rentabilidade que traz conforto e menos riscos.
De acordo com o analista de investimentos Valtair Justino, antes mesmo de qualquer coisa é preciso entender que a segurança nos investimentos está diretamente conectada com o seu nível de conhecimento com o contexto atual do mercado e objetivos traçados. “Se você possui um objetivo de curto prazo, o investimento mais seguro para você será a renda fixa com garantia ou o tesouro direto. Já se você tem um objetivo de médio e longo prazo, você já consegue incluir os fundos imobiliários e as ações em sua carteira com mais segurança”.

Sobre a questão dos retornos a longo prazo, Valtair revela que os fundos imobiliários trazem riscos controlados e com chances de ter uma boa rentabilidade vinda dos dividendos de sua valorização. “Quando falamos de renda fixa, nem todos os investimentos contam com garantia, por isso é importante selecionar aquelas que possuem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito. Já a renda variável, é um pouco diferente, a garantia é o próprio patrimônio dos fundos e das empresas”, explica.
Outras alternativas que podem servir para você
Se a sua busca está atrelada à diversificação da carteira, o especialista aconselha a escolha por algumas classes de ativos, como ETFs, ações no exterior, criptoativos e ouro. De toda forma, qualquer investidor deve ter um objetivo em mente e buscar conhecer cada tipo de aplicação. É fundamental que o investimento esteja alinhado com os objetivos, principalmente para não ser surpreendido ao longo do caminho.