O ano de 2023 está chegando ao fim, e com ele a turbulenta temporada do Corinthians, que passou por cinco treinadores diferentes, uma eliminação em semifinal de Copa Sul-Americana e uma dramática briga contra o rebaixamento no Brasileirão.
Mas o ano ainda não acabou, e o Timão ainda tem assuntos pendentes. Você pode até fazer suas apostas esportivas online no Alvinegro para tentar adivinhar em que posição o time vai acabar, pois mesmo isso ainda não está claro.
Mas o que ainda está em jogo para o Corinthians este ano? É só cumprir tabela, ou ainda há pendências importantes a serem resolvidas? Assunto interessante e que rende, mas para isso é preciso entender o momento vivido pelo time.
O respiro depois da tempestade
Existia um clima generalizado de desânimo na torcida do Corinthians depois de tantos resultados decepcionantes. O clube paulista entrou na 34ª rodada na 14ª posição, perigosamente perto da zona da degola, e vindo de dois jogos sem vencer, ambos com sabor amargo.
Agora, porém, o time respira aliviado, pois venceu um jogo que ninguém esperava: bateu o Grêmio por 1×0 em Porto Alegre.
Considerando que o time gaúcho era vice-líder quando entrou em campo e estava embalado, com cinco vitórias consecutivas, fica claro a proeza feita pelo Corinthians, que garantiu os três pontos com gol de Romero – e, vale ainda destacar, jogando com um jogador a menos desde os 10 do primeiro tempo, quando Bruno Mendes foi expulso.
Mesmo desfalcado, o Timão segurou o Grêmio jogando com excepcional bravura, e foi recompensado não apenas com os preciosos pontos, mas com a perspectiva quase concreta já de permanecer na Série A para 2024.
O fim da temporada
Antes de projetar a temporada de 2024, começando pelo Paulistão, que é a única garantia do Timão para o ano que vem, é preciso terminar o Brasileirão com o pé direito.
A vitória sobre o Grêmio foi importantíssima pois, com o resultado, o Timão atingiu o número “mágico” de 44 pontos. A última vez que uma equipe foi rebaixada com essa pontuação foi lá em 2013, quando ambos Portuguesa e Vasco desceram à Série B com exatos 44, e de lá pra cá todos que atingiram esse número mínimo se salvaram.
Assim, na pior das hipóteses, um empate nos próximos quatro jogos que ainda restam garante o Corinthians, ao menos em teoria, na Série A. Os duelos restantes não são exatamente os mais complexos possíveis, para sorte do Timão: Bahia e Internacional em casa e Vasco e Coritiba fora.
Em teoria, esses quatro times fogem do rebaixamento. Na prática, porém, só Vasco e Bahia devem dar trabalho, pois o Inter dificilmente cai (já tem 43 pontos) e o Coritiba precisaria de uma sequência de milagres para escapar (está com 29).
Assim, embora o fim de temporada represente o fim dos sofrimentos do Corinthians, no momento é algo a ser celebrado, porque o Timão quase que certamente vai brigar pela Sul-Americana, e não contra a Série B.
Reformulação e novas ambições
O assunto mais corrente no Parque São Jorge é o das renovações do elenco – e não só dele. Pra começo de conversa, o Timão terá eleições para um novo presidente, e necessariamente Duílio Monteiro Alves deixa o carro no dia 31 de dezembro de 2023. Se o novo presidente será o candidato da situação ou da oposição ainda resta ver.
No âmbito esportivo direto, porém, as mudanças tendem a ser ainda mais profundas. Os nomes mais fortes para deixar o Corinthians são os daqueles em fim de contrato: Fabio Santos, Gil, Giuliano, Paulinho, Renato Augusto, Luan, Maycon, Bruno Méndez, Ruan Oliveira e Cantillo.
Como é fácil perceber, a maioria dos nomes citados é de veteranos, e por isso o termo “renovação” cabe bem aqui – é literal. A tendência é vermos jovens em ação ainda neste fim de temporada, e também nas primeiras competições do ano que vem – especialmente o Paulistão.
A Copa São Paulo de Futebol Júnior também é importante para o Corinthians, já que o clube é o maior campeão, disparado, com dez troféus, e todo ano pesca alguns jogadores da base para atuar no elenco principal.