Novo técnico do Tricolor após a saída de Dorival Júnior para a Seleção Brasileira, Thiago Carpini foi apresentado nesta segunda-feira (15) e concedeu entrevista coletiva no CT da Barra Funda.
Antes de bater um papo com os jornalistas, o treinador recebeu as boas-vindas do Presidente Julio Casares.
“Desejo a todos vocês um feliz 2024. Hoje é um dia especial, com a apresentação de um grande profissional. Quero saudar a diretoria de futebol, porque foi um trabalho intenso. E eu sempre digo que todo o nosso processo de entrevistas sempre teve o Carpini como um profissional gabaritado que esteve no nosso radar. Na primeira oportunidade aceleramos as conversas. Foi o primeiro que conversamos e o único que conversamos mais de uma vez. O Carpini sempre foi nosso plano A. Ele é o técnico ideal para o São Paulo. Estou muito feliz em nome da instituição. Satisfação muito grande. Desejo muita sorte”, afirmou o Presidente Julio Casares.
Na sequência, o comandante revelou as expectativas no comando técnico do São Paulo. “Eu me preparei para esse momento. Vejo uma oportunidade muito grande, a maior delas. Estamos procurando uma equipe forte e competitiva para o ano do São Paulo”, disse Carpini, que completou.
“O São Paulo tem um time vitorioso, campeão e no passado teve frutos inéditos. Normalmente, quando o treinador assume um projeto é por um insucesso, mas assumimos um trabalho excelente do professor Dorival. É um contexto diferente, um trabalho bem feito e realizado. Vejo como a vida é dinâmica. E estou vivendo um momento muito bom na minha vida. Sei o que passei, mas para me manter vou ter que fazer muito mais. Quero aproveitar muito essa oportunidade e fazer melhor como ser humano, profissional. Quero fazer parte dessa história de maneira positiva, com vitórias, conquistas. Um legado deixado pelo professor no passado”, acrescentou.
O treinador, que estava no Juventude, foi um dos destaques do futebol brasileiro na última temporada e chega com contrato válido até 31 de dezembro de 2024.
“Dentro do São Paulo tem uma linha. Eu me senti muito seguro pela maneira que o São Paulo me abordou, os processos internos da diretoria, do Rui, as conversas com o Muricy. É inevitável a referência que ele é para nós, treinadores jovens. Trabalhar num clube dessa grandeza tendo um respaldo de um cara como ele, é um privilégio. No sábado, após o jogo-treino, ele falou sobre a relação que ele tinha com o Telê. Eu quero que o Muricy seja o meu Telê. Sou desprovido de vaidade e quero aprender com ele”, afirmou Carpini, que emendou.
“Muitas coisas do jogo do Dorival pensamos muito parecido. Quando tem uma herança de um trabalho vitorioso, de conquista, claro que se foi vitorioso tem muitas coisas boas. Não é porque cheguei agora que vou mudar tudo. As coisas boas a gente potencializa, algumas coisas pensamos diferente e é natural. De maneira tranquila, gradativa, vamos propondo nossa ideia. Isso para mim é o mais importante”, disse.
O técnico também comentou sobre o estilo de jogo que pretende promover no time são-paulino.
Eu gosto de um jogo mais impositivo, um jogo mais apoiado, de posse. Eu não gosto muito desse jogo de bola longa, um tiro de meta. Não que não possa bater, mas acho que quando se faz isso você coloca a bola em disputa. E aí é 50/50. Se tivermos organização, conceito para trabalhar de maneira mais organizada a nossa saída. Minimizando riscos, tendo bola de seguranças, podendo chegar com mais velocidade, superioridade numérica no setor da parte ofensiva do jogo, ser mais vertical, fazer a bola chegar mais na área. Cobro muito também a competitividade. Todas as equipes que dirigi consegui esse equilíbrio”, concluiu.