Em novembro de 2023, o volume de vendas do comércio varejista variou 0,1%, frente a outubro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral também foi de 0,1% em novembro.
Frente a novembro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 2,2%, sexta variação positiva consecutiva. O acumulado do ano chegou a 1,7% e o acumulado nos últimos 12 meses, a 1,5%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas variou 1,3% em novembro. A média móvel foi de 0,4%. O acumulado no ano foi de 2,6% % e o acumulado em 12 meses, de 2,3%.
Período
Varejo
Varejo Ampliado
Volume de vendas
Receita nominal
Volume de vendas
Receita nominal
Novembro / Outubro*
0,1
0,7
1,3
2,5
Média móvel trimestral*
0,1
0,5
0,4
0,8
Novembro 2023 / Novembro 2022
2,2
4,8
4,3
6,4
Acumulado 2023
1,7
4,1
2,6
5,6
Acumulado 12 meses
1,5
4,7
2,3
5,9
*Série COM ajuste sazonal
A variação de 0,1%, na margem, do mês de novembro, representa estabilidade pelo segundo mês consecutivo, uma vez que em outubro o indicador foi de -0,3% e em setembro havia sido de 0,6%. Vale destacar que, dos últimos seis meses, os resultados positivos de julho (0,8%) e de setembro (0,6%) foram os únicos a apresentar variação fora da faixa de -0,5% a +0,5% (em junho foi 0,2% e agosto havia sido -0,1%). Por outro lado, o período de agosto a novembro registra um crescimento de patamar, da série ajustada sazonalmente, de 1,2% frente a maio. Com isso, o varejo brasileiro se situa, em novembro, 1,9% abaixo do recorde da série, ocorrido em novembro de 2020.
VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Novembro 2023
ATIVIDADES
MÊS/MÊS ANTERIOR (1)
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR
ACUMULADO
Taxa de Variação (%)
Taxa de Variação (%)
Taxa de Variação (%)
SET
OUT
NOV
SET
OUT
NOV
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
0,6
-0,3
0,1
3,2
0,2
2,2
1,7
1,5
1 – Combustíveis e lubrificantes
-1,7
-0,5
1,0
-8,5
-9,3
-1,7
4,3
5,7
2 – Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
1,3
-0,8
0,1
7,1
1,9
5,0
3,5
3,4
2.1 – Super e hipermercados
1,7
-1,1
0,1
7,8
2,4
5,1
3,9
3,8
3 – Tecidos, vest. e calçados
-0,9
-1,5
3,0
-2,7
-3,0
6,1
-5,4
-6,4
4 – Móveis e eletrodomésticos
2,4
0,1
4,5
2,0
-0,4
5,2
1,5
1,4
4.1 – Móveis
-
-
-
-0,5
-4,7
3,3
-5,4
-5,9
4.2 – Eletrodomésticos
-
-
-
4,4
2,6
6,8
5,9
5,9
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
0,8
1,3
-1,6
6,5
9,2
4,1
4,3
4,0
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria
0,0
2,9
-1,5
-18,3
-4,7
-5,3
-4,2
-3,7
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação
0,0
-7,1
18,6
3,8
-6,4
18,1
2,2
2,0
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,9
0,2
1,0
-9,1
-8,5
-5,9
-10,7
-10,4
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
0,1
-0,2
1,3
2,8
2,6
4,3
2,6
2,3
9 – Veículos e motos, partes e peças
-0,6
0,4
4,0
9,1
10,6
16,9
8,2
7,3
10- Material de construção
-2,1
2,0
0,4
-5,7
6,5
1,1
-1,8
-2,3
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo
6,1
9,3
10,2
0,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10
Seis das oito atividades apresentam resultado positivo, na série com ajuste sazonal
Essa variação de 0,1% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de outubro para novembro de 2023 teve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,6%), Móveis e eletrodomésticos (4,5%). Tecidos, vestuário e calçados (3,0%), Combustíveis e lubrificantes (1,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%). Por outro lado, entre outubro e novembro de 2023, dois dos oito grupamentos pesquisados mostraram queda: Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,6%).
Já o comércio varejista ampliado, na série com ajuste sazonal, apresentou dois resultados positivos: Veículos e motos, partes e peças, com 4,0% e Material de construção, com 0,4%,
Cinco atividades do varejo avançaram na comparação com novembro de 2022
Frente a novembro de 2022, o varejo apresentou cinco setores com resultados positivos: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,1%), Tecidos, vestuário e calçados (6,1%), Móveis e eletrodomésticos (5,2%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,1%). Por outro lado, três atividades apresentaram queda: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,3%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%).
No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças teve resultado de 16,9%, Material de construção cresceu 1,1% e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 10,2% em relação a novembro de 2022.
RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Novembro 2023
ATIVIDADES
MÊS/MÊS ANTERIOR (1)
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR
ACUMULADO
Taxa de Variação (%)
Taxa de Variação (%)
Taxa de Variação (%)
SET
OUT
NOV
SET
OUT
NOV
NO ANO
12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
0,8
-0,1
0,7
5,3
1,9
4,8
4,1
4,7
1 – Combustíveis e lubrificantes
3,9
-1,4
0,2
0,3
0,4
4,5
-10,3
-9,8
2 – Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
0,8
-1,1
0,7
7,9
1,8
5,3
8,2
9,0
2.1 – Super e hipermercados
1,2
-1,1
0,6
8,7
2,5
5,5
8,7
9,5
3 – Tecidos, vest. e calçados
0,7
-0,7
2,2
2,8
1,5
9,6
3,6
3,8
4 – Móveis e eletrodomésticos
2,1
0,2
4,6
-1,2
-3,0
3,1
0,6
1,2
4.1 – Móveis
-
-
-
3,4
-1,9
6,3
0,7
0,9
4.2 – Eletrodomésticos
-
-
-
-1,7
-2,1
2,7
2,0
2,6
5 – Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
1,2
1,8
-1,8
13,1
15,5
10,7
13,4
13,5
6 – Livros, jornais, rev. e papelaria
2,7
1,6
-0,8
-10,7
4,4
3,2
4,5
4,8
7 – Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação
0,0
-5,0
16,3
-3,8
-14,0
13,1
-5,7
-5,5
8 – Outros arts. de uso pessoal e doméstico
-0,7
-0,2
0,9
-4,9
-5,0
-2,6
-5,4
-4,6
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
0,5
-0,7
2,5
4,8
4,2
6,4
5,6
5,9
9 – Veículos e motos, partes e peças
-0,6
0,2
3,7
10,2
11,1
17,1
11,0
10,5
10- Material de construção
-2,3
1,7
0,1
-5,8
5,7
-0,1
0,4
0,4
11- Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo
8,3
11,1
12,2
6,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal.
O grupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou crescimento de 18,1% em novembro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, maior variação no campo positivo dentre todos os setores e primeiro resultado positivo após queda de 6,4% na passagem de setembro para outubro. No ano, o setor acumula alta 2,2%. Nos últimos doze meses o acumulado é de 2,0%.
O setor de Tecidos, vestuário e calçados teve alta de 6,1% frente a novembro de 2022, primeiro resultado positivo após três meses registrando quedas (-6,9% em agosto, -2,7% em setembro e -3,0% em outubro). No indicador interanual, dos dez meses apurados em 2023, apenas três apresentaram resultados positivos: janeiro, com 2,4%, julho, com 1,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior e novembro, conforme destacado anteriormente. No ano, os acumulados do setor são negativos, mas as taxas vêm crescendo: -7,5% até agosto, -7,0% até setembro, -6,6% até outubro e -5,4% até novembro. O mesmo cenário se dá com o acumulado em doze meses: -9,7% até agosto, -9,3% até setembro, -8,3% até outubro e -6,4% até novembro.
O grupo de Móveis e eletrodomésticos cresceu 5,2% comparado a novembro de 2022, após registrar variação de -0,4% na comparação de outubro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior. O indicador acumulado do ano até novembro de 2023 apresenta ganhos de 1,5% patamar superior ao acumulado até os meses anteriores (até agosto o valor acumulado foi de 1,0%, até setembro de 1,1% e até outubro de 1,0%). Para os últimos doze meses, até novembro o resultado foi de 1,4%, quarto mês consecutivo a registrar ganhos (-0,3% até julho, 0,4% até agosto, 1,0% até setembro e 1,1% até outubro).
Já a atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou seu décimo sexto mês consecutivo de alta no indicador interanual: 5,0% em novembro, superior ao resultado anterior: 1,9% na comparação de outubro de 2023 com outubro de 2022. No ano, o acúmulo é de 3,5% até novembro, estável há três meses: 3,5% até setembro e 3,3% até outubro. Nos últimos doze meses, o acúmulo também é positivo até novembro (3,4%).
O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 4,1% nas vendas frente a novembro de 2022, nono ponto positivo consecutivo de crescimento (o último mês a registrar variações negativas na base interanual foi fevereiro: -0,5%). Em relação ao acumulado, o ritmo é de estabilidade de crescimento, uma vez que os resultados até outubro e novembro são os mesmos: 4,3%. Nos últimos doze meses, o resultado de 4,0% até novembro de 2023 é menor em 0,2 p.p. ao acumulado até outubro.
O grupamento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, apresentou queda de 5,9% nas vendas frente a novembro de 2022, maior amplitude dentre os setores que tiveram perdas. No total, são 19 meses de resultados negativos consecutivos (o último mês a registrar crescimento foi abril de 2022: 1,1%).
O setor vem sofrendo com a crise contábil de grandes empresas do varejo, o que afeta a receita e reduz o número de lojas físicas no país. No ano, o acúmulo de perdas, até novembro, é de 10,7%, enquanto nos últimos 12 meses o resultado também é negativo: -10,4%.
O setor de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou -5,3% nas vendas frente a novembro de 2022, ante -4,7% em outubro de 2023 frente a outubro de 2022. São dez meses consecutivos de quedas neste indicador. No acumulado no ano até novembro, as perdas até novembro têm a mesma intensidade do que até setembro e outubro: -4,1% em setembro e outubro e -4,2% até novembro. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, o cenário também é de perdas: de -3,3% até outubro para -3,7% até novembro de 2023.
A atividade de Combustíveis e lubrificantes apresentou resultado negativo de 1,7% nas vendas de novembro de 2023 frente a novembro de 2022, quinta queda consecutiva, e menor delas, na comparação interanual (-2,3% em julho, -3,4% em agosto, -8,5% em setembro e -9,3% em outubro). Vale lembrar que a trajetória de crescimento da atividade no indicador de volume no segundo semestre de 2022 foi atrelada à política de redução de preços da gasolina, iniciada em julho de 2022, elevando a base de comparação.
O acumulado no ano passou de 4,9% até outubro para 4,3% em novembro, reduzindo o ritmo de crescimento. O mesmo se dá em relação ao acumulado nos últimos doze meses que, ao passar de 7,9% até outubro para 5,7% em novembro, demonstra arrefecimento na intensidade de crescimento também para este indicador.
No varejo ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças teve alta 16,9% nas vendas frente a novembro de 2022, sétima alta consecutiva e a quarta no período a apresentar resultados com dois dígitos de variação (1,5% em maio, 17,8% em junho, 9,8% em julho, 11,0% em agosto, 9,1% em setembro e 10,6% em outubro).
O acumulado do ano registra ganhos em todos os meses de 2023, acelerando no segundo semestre: 6,0% em julho, 6,7% em agosto, 7,0% em setembro, 7,3% em outubro e 8,2% em novembro). O acumulado dos últimos está no campo positivo há seis meses: 0,6% em junho, 2,2% em julho, 3,6% em agosto, 4,4% em setembro, 5,4% em outubro e 7,3% em novembro.
O grupo de Material de construção cresceu 1,1% frente a novembro de 2022, segunda alta consecutiva após 8 meses seguidos de resultados negativos no indicador interanual. As perdas no acumulado do ano diminuíram: -2,1% até outubro ante -1,8% até novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é negativo há 21 meses, sendo -2,3% até novembro.
O setor de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, na comparação mês contra mesmo mês do ano anterior, teve alta de 10,2% em novembro, em volume de vendas, quarta consecutiva para este indicador. No acumulado do ano o cenário é de aceleração dos ganhos, já que registrou 0,9% até novembro contra 0,0% até outubro.
Vendas crescem em 12 Unidades da Federação em relação a outubro
Em novembro, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista variou 0,1% com resultados positivos em 12 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santo (13,3%), Paraíba (1,8%) e Amapá (1,6%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Goiás (-4,2%), Rio de Janeiro (-4,1%) e Tocantins (-2,2%). Alagoas e Roraima apresentaram estabilidade (0,0%) na margem.
Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre outubro e novembro de 2023 foi de 1,3% com resultados positivos em 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santo (5,1%), Maranhão (2,7%) e Distrito Federal (2,6%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 4 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Pará (-1,2%), Rondônia (-0,8%) e Bahia (-0,3%).
Na comparação anual, as vendas sobem em 18 das 27 Unidades da Federação
Frente a novembro de 2022, a variação das vendas no comércio varejista em novembro foi de 2,2%, com resultados positivos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santo (12,4%), Maranhão (11,7%) e Ceará (8,0%). Por outro lado, com taxas negativas figuram 9 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Paraíba (-16,4%), Roraima (-5,2%) e Distrito Federal (-4,7%).
Já no comércio varejista ampliado, o indicador interanual apresentou variação de 4,3%, com resultados positivos em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (17,0%), Espírito Santo (15,7%) e Ceará (12,4%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 8 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Mato Grosso do Sul (-11,5%), Roraima (-10,0%) e Paraíba (-9,2%).