A Justiça condenou na terça-feira, dia 5 de março, um comerciante a 29 anos, dois meses e 28 dias por homicídio qualificado e mais duas tentativas de homicídio. O fato ocorreu em São Borja, em novembro de 2016. Na ocasião, o proprietário de um mercado na cidade estava incomodado com o barulho que os três estariam fazendo em via pública. A prisão dele foi decretada no final do julgamento.
O homem, acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), atirou contra as vítimas e matou Lucas Darlan Almeida de Andrade, de 21 anos, além do fato de quase ter atingindo a tiros dois adolescentes, de 15 e 16 anos. Os três estavam na Avenida Júlio Trois tomando refrigerante quando, na época, o condenado efetuou vários disparos contra os jovens. Lucas morreu ao ser atingido nas costas por um dos tiros. As qualificadoras destes crimes são motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
A promotora de Justiça Fernanda Ramires, que atuou em plenário junto com o promotor de Justiça Valério Cogo (designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri do MPRS), disse que vai estudar a possibilidade de recorrer em relação ao aumento da pena. Segundo ela, “um caso emblemático desde o início, já que foi marcado pela emoção de familiares das vítimas, segundo eles, tanto sobre o crime em si, quanto pelo adiamento e pela demora processual. Esta emoção comoveu a todos em plenário, principalmente porque as pessoas foram ao Tribunal do Júri com camisetas brancas com a foto de Lucas”.