O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,39% em junho, 0,05 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,44%). O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,04%, abaixo dos 1,12% registrados no mesmo período de 2023. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de 0,04%.
Período
Taxa
Junho de 2024
0,39%
Maio de 2024
0,44%
Junho de 2023
0,04%
Acumulado no ano
2,52%
Acumulado nos últimos 12 meses
4,06%
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês de junho. O grupo Alimentação e Bebidas registrou a maior variação (0,98%) e o maior impacto (0,21 p.p.) no índice do mês. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,63% e 0,10 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,57% e 0,08 p.p.) As demais variações ficaram entre o -0,23% de Transportes e o 0,30% de Vestuário.
Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Variação Acumulada (%)
Abril
Maio
Junho
Junho
Trimestre
12 meses
Índice Geral
0,21
0,44
0,39
0,39
1,04
4,06
Alimentação e bebidas
0,61
0,26
0,98
0,21
1,86
4,55
Habitação
0,07
0,25
0,63
0,10
0,95
3,01
Artigos de residência
0,03
-0,44
-0,01
0,00
-0,42
-0,99
Vestuário
0,41
0,66
0,30
0,01
1,38
2,34
Transportes
-0,49
0,77
-0,23
-0,05
0,05
4,16
Saúde e cuidados pessoais
0,78
1,07
0,57
0,08
2,44
6,04
Despesas pessoais
0,40
0,18
0,25
0,03
0,83
4,59
Educação
0,05
0,11
0,05
0,00
0,21
6,92
Comunicação
0,17
0,18
0,17
0,01
0,52
0,86
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.
No grupo Alimentação e bebidas (0,98%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. Contribuíram para esse resultado as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).
A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de maio (0,37%), em virtude das altas de lanche (de 0,47% em maio para 0,80% em junho) e da refeição (0,34% em maio para 0,51% em junho).
No grupo Habitação (0,63%), a alta da taxa de água e esgoto (2,29%) foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo (5,48%), a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília (4,60%), a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba (2,86%), a partir de 17 de maio. Em energia elétrica residencial (0,79%), os seguintes reajustes tarifários foram aplicados: em Salvador (0,52%), reajuste de 1,63%, a partir de 22 de abril; em Recife (-0,64%), reajuste de -2,64% a partir de 29 de abril; em Fortaleza (1,14%), reajuste de -2,92% a partir de 22 de abril; e em Belo Horizonte (4,11%), reajuste de 6,76% a partir de 28 de maio.
Ainda em Habitação, no subitem gás encanado (-0,10%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,33%) decorre de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho, após o reajuste de 0,97% aplicado a partir de 1º de maio.
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,57%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Desse modo, no IPCA-15 de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.
No grupo Transportes (-0,23% e -0,05 p.p), houve queda na passagem aérea (-9,87% e -0,07 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,22%), todos registraram queda nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem táxi apresentou alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% em Recife (3,09%), a partir de 22 de abril.
Quanto aos índices regionais, todas as onze áreas de abrangência tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,68%), por conta das altas da batata inglesa (24,31%), do leite longa vida (10,68%), da energia elétrica residencial (4,11%) e da gasolina (1,77%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (0,16%), que apresentou queda nos preços das passagens aéreas (-9,40%) e das carnes (-2,39%).
Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Abril
Maio
Junho
Trimestre
12 meses
Belo Horizonte
10,04
0,14
0,60
0,68
1,43
5,11
Fortaleza
3,88
-0,02
0,26
0,48
0,72
4,49
Curitiba
8,09
0,23
0,43
0,43
1,09
3,66
Porto Alegre
8,61
-0,01
0,86
0,41
1,26
3,89
Rio de Janeiro
9,77
0,31
0,15
0,38
0,84
3,79
São Paulo
33,45
0,22
0,36
0,38
0,96
3,98
Goiânia
4,96
0,08
0,27
0,33
0,68
3,44
Recife
4,71
0,57
0,31
0,31
1,19
3,49
Salvador
7,19
0,31
0,87
0,25
1,44
3,98
Brasília
4,84
0,23
0,55
0,24
1,02
4,48
Belém
4,46
0,33
0,29
0,16
0,78
4,87
Brasil
100,00
0,21
0,44
0,39
1,04
4,06
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de maio a 14 de junho de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de abril a 15 de maio de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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