A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), dando continuidade à formação permanente aos Organismos de Políticas para Mulheres (OPMs), promoveu palestra sobre os impactos das mudanças climáticas na vida das mulheres, direcionada às gestoras de todos os municípios do Acre. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, 11, em formato híbrido.
O diálogo sobre a temática das questões climáticas, a partir da perspectiva de gênero foi conduzido pela chefe da Divisão de Diversidade Étnica Racial da Semulher, Silvania Oliveira. Ela faz parte do Departamento de Fortalecimento Institucional, Ações Temáticas e Políticas de Cuidado, que atua diretamente na articulação com as OPMs presentes nos municípios do interior.
Segundo Silvania, “a questão climática, na maioria das vezes, não é vista como algo que pode ser conectada ao gênero ou a raça, mas pelo contrário, são assuntos que se entrelaçam. Isso porque vai gerar um impacto maior na vida das mulheres negras e também das mulheres em condições de vulnerabilidade social, esses grupos de pessoas são historicamente, socialmente e culturalmente mais afetados”, ressaltou.
O evento contou com a participação ativa das representantes dos Organismos de Políticas para Mulheres, que tiveram a oportunidade de interagir, compartilhar experiências e adquirir conhecimentos sobre como os impactos climáticos afetam as mulheres. As OPMs realizam a articulação com a rede de proteção à mulher, que desempenham a função de oferecer suporte social, na área da saúde, segurança pública, entre outros, para as vítimas de violência e, especialmente para a população feminina em contextos de vulnerabilidade.
“Tivemos a ideia de propor esse assunto porque é algo emergente nos dias de hoje. Nosso estado tem sofrido crises climáticas e as mulheres, aquelas que sofrem algum tipo de violência, também têm suas vidas mudadas pelo meio ambiente. As dificuldades financeiras e sociais, de modo geral, agravam toda essa situação para as mulheres. A Secretaria da Mulher vem, então, buscando conscientizar e se preparar para o atendimento, levando em consideração a violência de gênero em diferentes facetas”, explicou a chefe do Departamento de Fortalecimento Institucional, Ações Temáticas e Participação Política da Semulher, Alicia Rosemaire Flores.