O estado do Acre alcançou no primeiro semestre deste ano a maior cobertura na assistência e vigilância à saúde dos usuários do Programa Bolsa Família, indicando que 81,15% dos beneficiários com perfil de saúde foram acompanhados, com alcance de 203.963 beneficiários acompanhados no total, contabilizando 76.131 crianças e 5.394 gestantes.
Neste cenário, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) promoveu o segundo dia da “Oficina do Programa Bolsa Família na Atenção Primária em Saúde no âmbito da Segurança Alimentar e Nutricional” no auditório do hotel Nobile Suítes em Rio Branco.
O evento teve como objetivo a capacitação dos técnicos, dentre nutricionistas e servidores da saúde na atenção básica, para o uso do sistema de gestão do Programa Bolsa Família na saúde, visando fortalecer a vigilância alimentar e nutricional, e implementar o instrumento de Triagem para a Insegurança Alimentar.
De acordo com Deltirene Cardoso, coordenadora do Núcleo de Alimentação e Nutrição da Sesacre, a oficina teve como público-alvo coordenadores do programa Bolsa Família e profissionais nutricionistas da Atenção Primária em Saúde.
“A ideia é que a partir do treinamento eles possam ampliar a cobertura do programa Bolsa Família, que foi excelente nessa vigência. Atingimos a maior cobertura até agora, mas ainda há muitos desafios. Esperamos que o formulário de consumo alimentar, que ajuda a verificar o que as crianças estão consumindo, também seja melhor implementado para a efetividade nessa triagem do risco de insegurança alimentar no território” destacou a coordenadora.
As famílias contempladas pelo Bolsa Família devem manter o calendário vacinal em dia, assim como o acompanhamento do estado nutricional e realização do pré-natal, pois reforça o compromisso do programa na assistência aos direitos básicos, incluindo no âmbito da saúde.
Adriana De Angelis, nutricionista municipal que participou da oficina, reforçou a importância do evento para a Saúde do Estado.
“O Estado está promovendo essa oficina para poder desenvolver, relatar as estratégias, apresentar os indicadores de consumo alimentar, apresentar as condicionalidades do programa Bolsa Família, para melhorar cada vez mais esses indicadores e oferecer maior garantia de saúde para a população” acrescentou a nutricionista.
A consultora técnica da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição, Carla Marques, afirmou que a triagem de risco de insegurança alimentar é instrumento que está no prontuário eletrônico do cidadão desde novembro de 2023, pois se trata de uma meta do Plano Brasil Sem Fome do governo federal, para que consiga identificar domicílios em risco de insegurança na atenção primária à saúde.
“Viemos trabalhar a vigilância alimentar e nutricional, reforçando a importância de fazer o estado nutricional, a importância de aplicar o questionário de marcadores de consumo alimentar, para que seja feito o diagnóstico da situação alimentar e nutricional do território, viabilizando as ações de maneira mais assertiva, planejando a promoção da alimentação adequada e saudável, mas também no cuidado integral a esse usuário” acrescentou a consultora que palestrou na oficina.
A oficina reforça o compromisso do SUS em garantir a segurança alimentar e nutricional, além de promover o Direito Humano à Alimentação Adequada. Ela se alinha à Agenda 2030, especificamente ao objetivo de erradicar a fome, melhorar a nutrição e fomentar a agricultura sustentável.