Livros, comidas, produtos rurais, roupas e artesanato. É possível encontrar de tudo um pouco no G20 Social. Além das centenas de mesas com discussões sobre diversos temas de interesse da sociedade civil, o evento reúne uma feira de comércio com 150 expositores, no boulevard Olímpico, na zona portuária do Rio de Janeiro.
A indígena Creuza Potiguara veio da Paraíba para apresentar e vender peças de artesanato de seu povo – os potiguara – para os milhares de visitantes que passarão pelo local, o qual, até sábado (16), será conhecido como Território do G20 Social.
Colares de sementes e cocares estão entre os itens oferecidos pela potiguara em sua barraca. “Tem sementes de aguaí, Santa Maria, castanha atalaia, saboneteira, bananeirinha… A gente está aproveitando para mostrar nossa cultura e nosso artesanato para o mundo inteiro e esperando vender”, conta Creuza,
Originária de uma comunidade às margens do rio Arapeí, no Pará, Nathalia Viana veio ao Rio de Janeiro para representar sua cooperativa de artesãs ribeirinhas que trabalham com a palmeira tucumã.
“Essa é a palmeira mais encontrada na nossa região, então as mulheres ribeirinhas das comunidades extraem a palha, fazem a tecelagem, fazem o tingimento. Hoje essa é a principal fonte de renda delas, o artesanato feito dessa fibra do tucumã”.
As artesãs da Cooperativa Turiarte, de Santarém, Natália Dias Viana e Maria Ivaneide de Oliveira na Feira do G20 Social, no Boulevard Olímpico na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Produtos rurais
Mineiro de nascimento, mas vivendo no Rio desde que tinha 20, ou seja, há oito anos, Igor Silva encontrou nos produtos rurais de sua terra natal, a serra da Canastra, o seu ganha-pão.
“Espero vender muito porque milhares de pessoas vão passar por aqui nos dias do G20 Social. Estou até com medo de não ter como repor meu estoque”, afirmou o vendedor, com uma boa dose de otimismo.
Apostando em bolsas com temas africanos, Nadja Araújo acredita que o G20 Social será uma ótima vitrine para os seus produtos. “Tudo é fabricação própria. Eu mesma produzo estampas com simbologias africanas. A ideia é fazer algo mais afrocentrado, ou seja, na visão que eu tenho do Brasil”, avalia.
Em sua primeira edição, o G20 Social deve reunir 50 mil pessoas entre ativistas, representantes da sociedade civil e o público em geral, no Rio de Janeiro, nos três dias do evento.
O comerciante Igor Silva na Feira do G20 Social, no Boulevard Olímpico na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil