Uma sessão solene da Câmara homenageou nesta quarta-feira (19) os integrantes dos Brics, o grupo de países de mercado emergente originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas que ganhou novos membros nos últimos anos.
Em janeiro de 2024, se uniram ao bloco como membros permanentes o Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e o Emirados Árabes Unidos; e em janeiro deste ano, a Indonésia.
O Brasil preside o grupo em 2025 e vai sediar a cúpula dos Brics nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. O negociador-chefe para o bloco, embaixador Maurício Lyrio ressaltou a relevância do grupo por corresponder a 43% da população e 38% do PIB mundial.
Ele também falou sobre a importância do diálogo entre o Legislativo e o Executivo nas negociações do grupo para que a política externa brasileira e reflita o interesse da população. “O fórum parlamentar do Brics já conta com 10 edições e vem ganhando novas temáticas, com crescente participação e engajamento dos respectivos parlamentos nacionais.”

O embaixador afirma que o cenário atual do mundo exige dos líderes dos Brics comprometimento com o multilateralismo e fortalecimento da governança global.
Serão propostas medidas para facilitar o comércio, cooperação regulatória e uso de moedas locais para comercio e investimento. Outras medidas serão tomadas para combater a mudança do clima, a governança da inteligência artificial e a arquitetura multilateral de paz e segurança.
O embaixador da Rússia Alexei Labetskiy, acredita na força do diálogo. “Nós estamos muito dedicados ao fortalecimento do diálogo, da cooperação econômica, de investimento, de realização dos vários projetos multilaterais no fórum do Brics.”
A sessão foi presidida pelo presidente da Frente Parlamentar dos Brics, deputado Fausto Pinato (PP-SP). “Cada país dos Brics tem interesse próprio. Eventuais conflitos são naturais, mas exatamente aí reside a força do grupo, na capacidade de construir consensos e transformar desafios em oportunidades, muitas vezes tendo formas de governo diferentes, até pensamentos diferentes, mas é importante respeitar a soberania e a história de cada país.”