Yasmin Brandão e Ana Vitória Davila, ambas com 15 anos e moradoras de Manoel Urbano, participaram, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), da Oficina Presencial da Caderneta Digital de Adolescentes, promovida pelo Ministério da Saúde. O evento foi realizado nesta segunda-feira, 19, e terça, 20, em Brasília (DF), reunindo jovens de todo o país para colaborar no desenvolvimento de uma ferramenta digital que integrará o App Meu SUS Digital, com informações de saúde voltadas ao público adolescente.
As adolescentes acreanas foram escolhidas para representar a Região Norte por estarem envolvidas em ações da Atenção Primária à Saúde (APS) Amigável para Adolescentes, iniciativa que adapta os serviços de saúde às necessidades e especificidades desse público, tornando-os mais acessíveis, acolhedores e respeitando sua autonomia e direitos.
Durante a oficina, os participantes testaram funcionalidades, sugeriram conteúdos e compartilharam experiências para tornar a Caderneta Digital, mais próxima da realidade de suas comunidades. O aplicativo vai disponibilizar informações sobre saúde física e mental, bem como prevenção, direitos e bem-estar, ampliando o acesso a conteúdos confiáveis.
Para Ana Vitória, a experiência foi impactante. “Nunca tinha saído da minha cidade, e poder fazer isso para ajudar a pensar políticas públicas voltadas para adolescentes é um momento que nunca esquecerei. A iniciativa demonstra a importância de incluir adolescentes nos espaços de decisão e reforça o papel ativo da juventude na transformação social”, afirmou.
Já para Yasmin Brandão, a oficina trouxe aprendizado e integração: “Está sendo muito legal participar, especialmente porque é a primeira vez que saio do meu estado e estou conhecendo pessoas totalmente diferentes. A melhor parte é que aqui a gente é escutado de verdade e pode propor soluções para os problemas que vemos por aí. É muito bom compartilhar ideias e ver que estamos todos na mesma sintonia”.
A participação das adolescentes acreanas reforça o compromisso do estado em valorizar o protagonismo juvenil e garantir espaços de escuta ativa para jovens do interior. Para a Coordenadora do Núcleo de Saúde do Adolescente e Jovens da Sesacre, Luciana Freire, a presença das representantes de Manoel Urbano é um marco na construção de políticas inclusivas.
“Ter adolescentes de Manoel Urbano participando de um debate nacional não é apenas um símbolo, é uma ação concreta de inclusão. Isso mostra que a saúde pública precisa ouvir os jovens, especialmente os que vivem em lugares mais distantes. Além disso, políticas intersetoriais e integradas são fundamentais para a efetivação de ações que atendam, de forma ampla e eficaz, às demandas dessa população. E momentos como esse fortalecem esse compromisso”, afirmou.
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