Com apenas 11 anos, o estudante Adryan José Rodrigues Arruda, da Escola Manoel de Barros, localizada na zona rural de Plácido de Castro, está representando o Acre na VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que está sendo realizada de 6 a 10 de outubro, em Luziânia – Goiás.
O evento é promovido pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o tema “Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática”.
Adryan é o autor do projeto “Água potável, saneamento e coleta de lixo: direito de todos”, que busca garantir acesso à água potável e melhores condições de saneamento para sua comunidade.
“Eu vivo em uma comunidade pequena, com cerca de 60 famílias, e lá o acesso à água potável é limitado. Nosso objetivo é construir um poço artesiano e implantar um sistema de coleta de lixo para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, explica o aluno.

A iniciativa nasceu da observação da realidade local e do desejo de transformar a comunidade onde vive. Segundo o professor orientador Antônio Gonçalves Diniz, o projeto reflete uma necessidade urgente da população rural.
“Esse projeto é da comunidade, das famílias e dos alunos. Queremos que ele se torne uma política pública, porque não haverá justiça climática sem antes existir justiça social”, destaca o docente.

A conferência tem como objetivo fortalecer ações formativas no campo da educação ambiental, incentivando que as escolas se tornem espaços educadores sustentáveis e resilientes. Antes de chegar à etapa nacional, a VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente contou com fases municipais e estaduais em todo o país.
No Acre, o processo foi coordenado pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e mobilizou estudantes de 18 municípios, que apresentaram projetos voltados à sustentabilidade e à preservação ambiental em suas escolas. As propostas selecionadas nas etapas locais avançaram para a fase estadual, realizada em Rio Branco.

Além de Adryan, os oito delegados classificados na fase estadual também prestigiam o evento nacional: Vinícios de Araújo Lopes (Rio Branco), Layza Ryanna Lima Nogueira (Senador Guiomard), Adrielly Iasmin Amorim de Arruda (Rio Branco), Jheimy Kennedy Brito da Silva (Cruzeiro do Sul), Emilly da Cunha Silva (Assis Brasil), Lana Rebeca Barroso Bastos (Rio Branco), Lis Karen Alves Corrêa (Cruzeiro do Sul) e David da Silva Menezes (Capixaba).
Para o professor Antônio, a participação dos estudantes acreanos é motivo de orgulho. “É gratificante ver tantos jovens de todo o Brasil reunidos com o mesmo propósito. Estamos aqui para cooperar, trocar experiências e mostrar que o Acre também faz parte dessa mudança que o nosso clima precisa”, celebra.

A chefe da Divisão de Educação Ambiental da SEE, Maria de Fátima Oliveira, destaca a relevância da participação dos estudantes amazônicos no debate nacional.
“O Acre leva para a conferência a voz dos alunos que vivem a floresta, que sentem na prática os efeitos das mudanças climáticas e compreendem a importância de preservar os recursos naturais. Essa presença valida o papel da Amazônia como território de saberes e de resistência, e o compromisso da educação acreana em formar jovens conscientes, protagonistas e comprometidos com o futuro do planeta”, assegura.
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