O governo de Rondônia iniciou, na manhã desta segunda-feira (7), uma grande mobilização da sociedade para combater o mosquito aedes aegypti, que transmite, também, o vírus Zika, responsável pelo crescimento dos casos de microcefalia no estado de Pernambuco. Durante entrevista coletiva, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o governador Confúcio Moura disse que o vírus provoca seríssimos danos neurológicos nos fetos. Lideranças de diversos segmentos anunciaram que estão engajadas na campanha.
A mobilização contra o ‘aedes aegypti’ leva em consideração, segundo Arlete Baldez, diretora da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), que o combate é contra o inseto, ao contrário da campanha contra a dengue, em que a meta era eliminar o mosquito adulto.
A articulação para proteger o estado contra o vírus Zika, que é disseminado pelo mesmo inseto que transmite a dengue e a chikungunya, partiu do secretário da Saúde, Williames Pimentel. Ele pediu apoio de outros secretários estaduais, prefeitos e lideranças comunitárias para evitar que a doença chegue a Rondônia.
Pimentel atribuiu a preocupação ao fato de 80% das ocorrências de dengue no estado terem origem nas residências, o que significa que há relaxamento nas ações preventivas da saúde. O secretário anunciou que a força-tarefa que está sendo formada é a resposta ao problema e que o estado tem condições de ajudar as 52 prefeituras de Rondônia. Para isto, foram feitos investimentos em veículos, equipamentos e inseticidas.
O governador Confúcio Moura falou a diversas emissoras de rádio e televisão, pedindo aos pais que se envolvam na campanha. Ele disse que vai se reunir com outros governadores e a presidente Dilma Rousseff e pretende apresentar propostas ao invés de esperar que a soluções.A força de trabalho para enfrentar o vírus zika, entretanto, precisa vir da sociedade. E durante a coletiva de imprensa, diversos setores manifestaram apoio irrestrito à iniciativa governamental. O general Ricardo Augusto da Costa Neves, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, participou do evento para atestar a participação do Exército no movimento. A maçonaria estadual, o representante da associações de moradores, o secretário estadual da Segurança, Defesa e Cidadania, delegado Antônio Reis, e a secretária estadual da Educação, Fátima Gavioli, anunciaram que os servidores estarão engajados na força-tarefa. A representante do Rotary Club disse que a estrutura montada para o combate à poliomielite, que o clube mantém, está à disposição para o combate ao vírus.
O secretário Pimentel explicou que os cuidados para eliminar o aedes aegypti são bastante conhecidos e compõem-se basicamente de evitar deixar recipientes com água parada, que é o ambiente propício para o desenvolvimento do inseto. O secretário-chefe da Casa Civil Emerson Castro advertiu que os ovos do mosquito sobrevivem por mais de 12 meses.
O cientista Mauro Tada chamou a atenção para as ações que devem ser executadas nos locais por onde o vírus pode passar. Segundo ele, as barreiras devem ser montadas estrategicamente para surtirem os efeitos necessários.
Fonte: Jaru Online