“A magistratura é a mais iminente das profissões a que um ser humano pode se entregar, de tão elevados os predicados que o povo espera dos seus juízes: nobreza de caráter, independência olímpica e sensibilidade. Tudo envolto na mais variada cultura enciclopédica”
Foi com essas poéticas palavras que Marianna Fux honrou o Poder Judiciário do Rio de Janeiro, no dia de ontem, ao ser empossada no cargo de desembargadora aos 35 anos.
Pois bem, é perceptível que além de detentora de notável saber jurídico, a agora Magistrada é também detentora se notório saber poético.
Que ricas palavras, “independência olímpica”, tão poético quanto um discurso de mis.
Bom, isso é apenas um grão de areia no deserto de calamidades brasileiras.
Só agradeço por um fato, nunca passarei por essa vergonha. Jamais sofrerei com a desconfiança de ser o que sou, apenas pelo fato de ser filho de renomado jurista.
Saibam senhores, respeito não se compra, reconhecimento não se compra, não existe loja que venda reconhecimento legítimo. Por mais QI que está moça tenha, por mais que seja seu sobrenome, por mim, sempre será lembrada como a filha de um Ministro que tornou-se desembargadora por mero jogo político de interesses.