A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) cancelou a reunião marcada para esta terça-feira (26), para discutir e votar o parecer do relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP).
Um pedido de prorrogação até a próxima quinta-feira (28) foi encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira. O adiamento de dois dias é necessário para que se cumpra o prazo regimental de duas sessões em virtude do pedido de vista ao relatório final.
O texto foi lido na semana passada. Em seu relatório, Salles pede o indiciamento de 11 pessoas.
Indiciamentos
Os pedidos de indiciamento incluem assessores do deputado Valmir Assunção (PT-BA), acusados de participar de diversos crimes no sul da Bahia, e o general Marco Edson Gonçalves Dias. Conhecido como G.Dias, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é acusado de ter mentido à CPI.
Ricardo Salles também elencou 25 iniciativas hoje na Câmara dos Deputados que, para ele, podem trazer segurança jurídica e previsibilidade ao campo. O relator defendeu o apoio aos assentamentos existentes, desde que sejam consideradas a eficiência, a meritocracia e a produtividade.
Deputados de oposição criticaram o texto, alegando que não há provas robustas para justificar os pedidos de indiciamento.
A CPI foi instalada em maio para investigar invasões do MST. O prazo de funcionamento do colegiado termina hoje, e não haverá prorrogação.