A Câmara dos Deputados recebeu 20 pesquisadores de universidades públicas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais para conhecer as técnicas de restauro e conservação utilizadas na preservação do patrimônio histórico e cultural da Casa. O arquiteto do patrimônio edificado da Câmara Danilo Matoso Macedo explicou que a visita foi organizada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília com o objetivo de debater também o destino dos acervos brasileiros.
De acordo com Danilo Matoso, o País está perdendo a capacidade de manter esse patrimônio. “Temos acervos importantes, como de Lúcio Costa, Paulo Mendes da Rocha, que vêm sendo exilados, como a gente diz; ou seja: estamos perdendo a capacidade de manter esses acervos aqui”, afirmou.
“Este evento está trazendo pesquisadores do País inteiro, que lidam principalmente com conservação de arquitetura e urbanismo, para discutir esse assunto que está candente nos dias de hoje. E a Câmara tem uma tradição de diálogo com a universidade e com os pesquisadores”, explicou.
O professor de arquitetura da Universidade de São Paulo Hugo Segawa lembrou que Brasília é reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, agência da Organização das Nações Unidas. Para o professor, esse fato torna o trabalho de conservação do patrimônio cultural realizado pela Câmara dos Deputados ainda mais importante.
“Nós precisamos preservar e manter a qualidade dessas obras, dessas realizações, tudo que a Câmara representa enquanto uma instância fundamental da democracia. Para isso, existe um conjunto de técnicos e nós viemos aqui para conhecer o trabalho deles, e saio daqui muito impressionado pela qualidade e dedicação”, disse Segawa.
Os professores de arquitetura visitaram o acervo técnico da Câmara e viram as plantas históricas do edifício do Congresso Nacional. Também estiveram no Laboratório de Restauro. Ao final, participaram de uma palestra do arquiteto Danilo Matoso.